O preço-base do frete subiu em 2021, segundo anúncio feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a Agência, o reajuste foi diretamente influenciado pelos aumentos constantes do diesel.
Porém, existem muitos outros fatores que influenciam no valor do frete, e cabe ao embarcador ter na “ponta do lápis” todas essas variáveis na hora de fechar um frete, pois um cálculo equivocado pode gerar prejuízos e perdas significativas para a empresa.

Do que é composto o valor do frete?

As variáveis que compõem o valor final do frete estão relacionadas a questões pertinentes à operação de transporte, como: tipos de frete das transportadoras, tipos de carga, taxas e tributos, entre outros. Por envolver tantos fatores, o cálculo do frete pode ser uma tarefa um tanto complexa.

Entre os tipos de frete, existe o Frete direto, é feito entre a empresa contratante e a transportadora e a mercadoria vai do remetente ao destino final. No Frete por subcontratação, a transportadora repassa o frete a outras empresas e gerencia toda a logística da entrega. Já no Frete por redespacho, a retirada do volume é feita na empresa contratante.

Quanto aos tipos de carga, a Carga fechada ou lotação é a carga com um alto volume que ocupa todo o espaço do caminhão. A Carga fracionada, em contrapartida, trata-se do transporte de pequenas quantidades de mercadorias variadas com um número também variável de destinatários.

Fechando as “modalidades de frete”, existe o Frete FOB ou “livre a bordo”, que indica que a responsabilidade do vendedor para com a carga termina no ato do despacho e os riscos da entrega são assumidos pelo comprador, enquanto o Frete CIF, ou Custo, Seguro e Frete, é a modalidade em que os custos operacionais do transporte ficam por conta do fornecedor.

Taxas e tributos

Outro ponto fundamental no cálculo do frete diz respeito às taxas e tributos, que podem variar de acordo com o tipo de carga. Entre as principais estão o Gerenciamento de Risco e Segurança (GRIS), que cobre os gastos com as medidas de combate ao roubo de carga e varia segundo o que está sendo transportado (normalmente alimentos e eletrônicos têm maior risco) e o local, segundo a periculosidade.

Já o Frete Valor cobre os custos obrigatórios de RCTR (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga), além das eventuais despesas como extravios, avarias, violações e greves; enquanto o Frete Peso é uma tarifa calculada com base no peso da carga.

Não podemos esquecer dos Pedágios, que são cobrados por eixo utilizado e variam de rodovia para rodovia. Outras variáveis como preço do combustível, manutenção, pneus, documentação também influenciam no preço do frete.

Como descomplicar os cálculos?

Depois de tantas variáveis, realmente parece impossível calcular o preço do frete de maneira precisa e rentável. A ANTT até criou em 2018 uma tabela que visa facilitar esse cálculo, mas a tarefa não é simples.

“Por esta razão, os embarcadores devem investir em tecnologia. Imagina repetir diariamente todos esses cálculos e ainda ter que levar em consideração os constantes aumentos nos preços? É impraticável”, diz Rodrigo Fávero, CEO da Everlog, empresa que desenvolveu um sistema para cotação de fretes.

Com a tecnologia, é possível uma melhor tomada de decisão e, consequentemente, reduzir os custos e garantir mais lucro para a empresa no processo de logística. O mercado de logística tem cada vez mais assimilado as inovações tecnológicas e as empresas que não se adequarem certamente ficarão para trás.

Por Redação Na Boléia

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