1-08112017Na semana passada, o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Juarez Monteiro Molinari, acompanhado do presidente da Abramet (SP), José Heverardo da Costa Montal, que também é vice-presidente da Abramet, e de Dirceu Diniz, diretor-financeiro da Abramet e vice-presidente da Abramet (SP), estiveram no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), onde foram recebidos pelo presidente da entidade, Lavínio Nilton Camarim.

Molinari entregou ao presidente do Cremesp um exemplar do recém-lançado “Acidentes de Trânsito no Brasil: um atlas de sua distribuição”, editado pela Abramet. Na ocasião, o presidente da Associação mostrou sua preocupação com os resultados deste mapeamento e disse que as questões que envolvem tráfego devem ser consideradas uma doença. “No Brasil, 60% dos leitos de hospitais são destinados para pessoas que se envolveram em acidente de trânsito. Em alguns estados, esse número chega a 70%”, observou. “Acidentes de trânsito matam cerca de 40 mil pessoas, por ano, no Brasil, sendo a terceira causa de morte. Já entre pessoas de 0 a 44 anos é a principal causa de morte, então, realmente, temos que considerar o tráfego uma doença”, concorda Camarim.

Medicina e trânsito
Outro ponto da reunião tratou da participação do Cremesp na 61a Sessão Ordinária do Conselho Estadual para a Diminuição dos Acidentes de Trânsito e Transporte (Cedatt), que será realizada no próximo dia 22/11, no Palácio do Governo de São Paulo. O objetivo é apresentar às entidades que compõem o Cedatt a importância da agenda de saúde no âmbito do trânsito motorizado, com a Medicina envolvida diretamente em ações que visem à diminuição desses acidentes, que tanto impactam a vida dos condutores e pedestres, e a saúde como um todo. “O Brasil é o quarto país com mais mortes em acidentes de trânsito, ficando atrás apenas da China, Índia e Nigéria. Os países que conseguiram reduzir esta mortalidade contaram com a Medicina, para fundamentar os estudos e estatísticas”, destaca o presidente da Abramet (SP).

Estas discussões estão na ordem do dia, pois está em curso a reforma do Código de Trânsito brasileiro. “O Cremesp tem a missão de colocar a Medicina nas questões que envolvem o tráfego e demonstrar que ela é capaz de contribuir decisivamente para a diminuição dos acidentes”, diz Camarim.

Na oportunidade, foram abordados outros dois importantes assuntos de interesse da Medicina de Tráfego. Um deles, é a Portaria 70, do Detran/SP, publicada em março deste ano, sobre o credenciamento das entidades públicas ou privadas, em caráter de pessoas jurídicas. A Associação solicita o apoio do Cremesp para esclarecer os médicos especialistas acerca das mudanças ocorridas. O outro assunto diz respeito à portaria do Detran que regulamenta o sistema eletrônico de divisão equitativa dos exames de aptidão física e mental e de avaliação psicológica. Eles são necessários aos processos para obtenção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH de candidatos e condutores de veículos automotores, mas que ainda não está em vigor para o município de São Paulo.

Por: Redação Na Boléia

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