Você conhece a história do Corretor de Seguros no Brasil?
Quem nunca utilizou os serviços de um corretor de seguros? Mas, sem dúvida, poucos sabem como surgiu essa profissão, que existe desde a chegada dos portugueses. Na verdade, desde essa época existem, no Brasil, profissionais responsabilizados pela intermediação de vendas entre companhias e seus potenciais clientes.
Os “primeiros” corretores de seguros eram regulamentados pela Companhia Boa fé da Bahia, a primeira sociedade de seguros do País, e foram responsáveis por auxiliar a expansão das indústrias e comércios em um Brasil colonial trazendo maior segurança às companhias da época.
No final do século XIX, no entanto, a grande expansão dos “agentes auxiliares do comércio”, como eram chamados os profissionais de vendas da época, voltaram-se para o seguro de vida, um novo ramo que mostrou ter força no mercado da época.
Até o começo do século passado, o setor de seguros cresceu em união ao desenvolvimento do País sendo impulsionados pelas indústrias naval e ferroviária, que apresentavam diversos riscos ao seu alto nível de investimento.
Mesmo sendo promulgado em 1916 um parágrafo específico para os contratos de seguros no Código Civil Brasileiro, muita coisa ainda precisava ser feita, e esse foi o tema dos primeiros debates sobre a regulamentação no País.
Entre 1930 e 1953, São Paulo tornou-se um espelho para a economia nacional e o setor foi estimulado pelas seguradoras, que anunciavam vagas para corretores nos jornais de grande circulação. Essa ação estimulou a profissão que em um mercado com ramos cada vez mais diversos e fortes passou a ter cada vez mais espaço.
Com o passar dos anos, as seguradoras estrangeiras começaram a se instalar no Brasil, tomando conta do ramo de transportes para importação e exportação. Essa mudança tornou o mercado mais unido para conseguir taxas competitivas, fazendo com que as seguradoras se organizassem e pressionassem ainda mais o governo para regulamentar a profissão.
Em 29 de Dezembro de 1964, foi sancionada a lei federal 4.594, que regulamenta a profissão de corretor de seguros no Brasil e proíbe a comercialização de planos por profissionais que não fossem regulamentados.
Mesmo após a regulamentação da profissão, o Sindicato dos Corretores do Estado de São Paulo encontrou algumas dificuldades devido às imposições do governo militar. No Rio de Janeiro formou-se o Clube dos Corretores de Seguros que discutia os problemas da classe e descobriu a necessidade de mais informações e uma habilitação profissional até para quem já atuava no ramo. Dessa maneira, em 1971, criou-se a Escola Nacional de Seguros.
A última e mais próspera fase do setor de corretagem de seguros é a que vivemos hoje. Após a estabilização da moeda nacional, o corretor de seguros passou a fazer parte da rotina dos brasileiros ganhando força e credibilidade.
Através das ações de marketing dos sindicatos no País inteiro e com a informatização de processos que antes demoravam horas para serem realizados, o profissional deixou de ser apenas um intermediário de vendas e passou a atuar de diversas maneiras cada vez mais atualizados especializado em propor atendimento diferenciado e até mesmo auditoria de mercado.
Fonte: Segs
Por: Redação Na Boléia