Transporte terá retomada lenta
Levantamento, conduzido pelo ILOS (entidade especializada em logística e cadeia de suprimentos), apontou que o transporte rodoviário de cargas (TRC) voltará a crescer em 2017, mas de forma lenta, com crescimento de 1,9% no ano que vem e de 3% em 2018.
Denominado Custos Logísticos do Brasil, o estudo mostra que o principal motivo dessa retomada mais lenta é que o TRC está diretamente relacionado ao Produto Interno Bruto (PIB). Isso quer dizer que se a economia do país desacelera, o setor também sofre os impactos.
Os números confirmam bem essa relação. Em 2015, o PIB brasileiro teve retração de 3,1% e o TRC diminuiu 4,6%. Conforme o instituto, outra razão para as dificuldades do setor, foi a alta nos custos operacionais, que atingiu a marca dos 15% no ano passado. Com a queda no nível de serviços de transporte, causada pela recessão econômica, esse aumento não pôde ser repassado aos clientes, e muitos transportadores passaram a ter saldo negativo.
O estudo do ILOS calcula o custo logístico brasileiro: quanto os gastos com transporte, estoque, armazenagem e serviços administrativos relacionados à logísticas consomem do PIB. Em 2015, o custo logístico consumiu 12,7% de todas as riquezas produzidas no Brasil, ou seja, acima do índice de 12,1% em 2014. A alta do custo logístico foi puxada pelo estoque, que subiu 0,6 ponto percentual (representando 4,5% do PIB) devido à recessão econômica – ou seja, com a redução da demanda, a quantidade de produtos estocados aumentou.
Por: Redação Na Boléia