Problemas na coluna afligem cada vez mais os caminhoneiros
Pela rotina estressante na estrada, sabe-se que a saúde dos caminhoneiros não é a das melhores. Mas entre as queixas mais recorrentes estão os problemas de coluna. Segundo a Pesquisa Perfil do Caminhoneiro, desenvolvida pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), 16% desses trabalhadores relatam já ter realizado tratamento médico em razão de dores nas costas. Além disso, entre os fatores que mais levam os caminhoneiros ao médico, aparecem pressão alta, com 11%, e problemas de visão, com 8%.
Conforme a fisioterapeuta do Sest Senat, Francieli Lodi, muitas vezes, isso decorre da má postura aliada a longas horas na direção e falta de atividade física. Mas ela lembra que há cuidados que podem ser adotados, diariamente, para evitar as dores ou o aparecimento de danos maiores à coluna. “É preciso fazer alongamentos e ter muito cuidado com a postura. Manter as costas bem encostadas no banco, de modo que forme um ângulo de 90 graus. E os braços, ao volante, devem ficar levemente flexionados”, explica ela.
Os cuidados com a coluna são o principal foco da primeira etapa de 2016 do projeto Comandos de Saúde nas Rodovias, desenvolvido pelo Sest Senat e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), iniciativa que promove atendimentos gratuitos a motoristas profissionais às margens de BRs. Por oferecer exames rápidos, é uma chance de os profissionais avaliarem as condições gerais de saúde, sem precisar desviar a rota ou parar o transporte por muito tempo. Além disso, os profissionais recebem orientações, que ajudam a melhorar a qualidade de vida. Para saber mais, clique aqui.
Em dez anos de atividades, os dados compilados a partir dos atendimentos realizados pelo Comandos de Saúde também oferecem um retrato das condições de saúde dos motoristas. Dos profissionais beneficiados pelo projeto, 41% estão acima do peso; 36% estão obesos; 23% são hipertensos; 21% apresentaram a frequência cardíaca alterada; em 15% foi constatado algum quadro de hiperglicemia; 3%, diabetes; 5% têm algum tipo de problema auditivo; e 3%, problemas de ofuscamento na visão.
Por: Redação Editora Na Boléia