O que muda para o mercado com a aprovação do seguro popular?
Desde o dia 1º de abril, está em vigor a norma da Superintendência de Seguros Privados (Susep) que regula o Seguro Popular. O Brasil possui hoje apenas 30% de sua frota segurada, e o fator financeiro pode ser um dos motivos. Por isso, a atenção a essa nova modalidade de seguro que promete preços até 30% mais baixos.
O seguro popular tem como principal característica a utilização de peças usadas, provenientes de empresas de desmontagem para reparo dos veículos, o que acaba tornando o preço mais atrativo. Isso só foi possível graças à Lei 12.977, de maio de 2014, que regulamentou os desmontes de veículos em todo o País.
“O seguro passa a ser mais abrangente, pois se espera uma redução no valor das apólices e, com isso, mais veículos e consumidores estariam contemplados pela cobertura”, explica Mario Cassio Mauricio, responsável pelas operações no Brasil do Grupo Dekra, que atua com serviços de segurança para todo ciclo de vida do veículo e na área de vistoria automotiva no Brasil.
“Com relação ao roubo e furto de veículos, entendemos que ações como a lei do desmanche atacam a ponta receptadora. Se não tem quem compra não tem para quem vender o produto do roubo e furto e, com isso, o peso da cobertura para esse tipo de seguro fica menor”, afirma Mauricio.
Preços mais baixos
Estima-se que o preço do novo seguro deve ser 30% menor do que o dos seguros tradicionais, e a economia se deve ao uso das peças usadas. Para entender a necessidade dessa redução de preço, sobretudo para carros com mais de 5 anos, basta observar que enquanto um seguro para um carro novo custa em torno de 5% a 6% do valor do automóvel, para um veículo com cinco anos de uso pode chegar a 15%. Isso se reflete no perfil dos carros segurados no Brasil, sendo que somente 27% da frota é segurada.
Por: Redação Na Boléia