Bastam alguns segundos de contato dos seus dedos no coletor do teste e, após poucos minutos, o equipamento comprova se uma pessoa consumiu maconha, cocaína, opiáceos ou anfetaminas utilizando apenas o suor das digitais.

Trata-se de uma nova tecnologia que já está disponível no mercado brasileiro, capaz de identificar se o condutor continua sob efeito de drogas depois do uso e já é adotado em vários países europeus, América do Norte, Nova Zelândia e Austrália.

O diferencial deste equipamento, chamado Intelligent Fingerprinting, é a utilização de fluorescência para detectar drogas ou seus metabólitos a partir do suor.

Após a coleta, o cartucho é analisado em poucos minutos utilizando um leitor que faz parte do kit do equipamento.

O dispositivo de coleta, chamado IFP, não necessita de equipe especializada, uso de luvas ou áreas especialmente preparadas para coleta. E como o suor não apresenta risco biológico – como a urina, saliva ou sangue – pode ser descartado em lixo comum após o uso.

“A tecnologia inovadora usada em nossos dispositivos de drogas pela impressão digital foi totalmente validada, possuindo credenciamento de qualidade de dispositivos médicos ISO 13485”, esclarece Rodrigo Silveira, da Orbitae – Diagnóstico Humano e Forense, que representa a fabricante do equipamento no Brasil.

“Além disso, diz o executivo, diferentemente dos testes convencionais de saliva e urina, os dispositivos IFP de rastreio de drogas pesam apenas 11 g e são mais fáceis de armazenar e transportar, não necessitando de refrigeração num período de até 72 horas.”

A precisão de leitura para os diferentes tipos de drogas é muito elevada, 98,7% para (THC) maconha e haxixe; 94,7% para cocaína; 96% para opiáceos e de 93,3% para anfetaminas.

Estudo desenvolvido por Toxicologistas da Universidade de Surrey, na Inglaterra, confirmou também que o número de indicação de “falsos positivos” pelo Intelligent Fingerprinting, ou seja, quando o exame é analisado pela segunda vez, conforme determina a legislação, é até 20% mais confiável do que equipamentos que usam outras matrizes.
Sua janela de detecção (período em que é possível verificar a presença da droga) é de 10 horas, após o uso, para anfetaminas, cocaína e opiáceos e de seis horas para cannabis e derivados (THC).

Também é importante frisar que o uso do equipamento possibilita rastreamento do avaliado por conter as suas impressões digitais, o que é uma vantagem extra para as autoridades.

Finalmente, como é portátil, é adequado para ser utilizado pela polícia em aeroportos, portos, delegacias, regiões de fronteira e nas rodovias, como também por empresas de transporte, mineradoras e, no caso de hospitais e postos de saúde para averiguar se o paciente utilizou, ou não, algum tipo de droga, aumentando, desta maneira a precisão do diagnóstico.

Por: Redação Na Boléia

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