Marcelo Sampaio é novo Ministro da Infraestrutura
Marcelo Sampaio é o novo ministro do Ministério da Infraestrutura (Minfra). Sampaio será o primeiro servidor concursado da pasta a ocupar essa função desde a nova Constituição. Sampaio fez carreira no Minfra, onde tomou posse aos 22 anos.
Há 15 anos no Minfra, ele ocupou praticamente todos os cargos do ministério, de analista a
secretário, até chegar à cadeira de ministro. Também trabalhou na Casa Civil da Presidência.
O até então ministro, Tarcísio de Freitas garantiu que sua saída da pasta não vai significar a descontinuidade dos processos de concessão de ativos previstos e de demais projetos iniciados em sua gestão. Ele deixa o cargo para ser candidato ao governo de São Paulo.
Marcelo Sampaio é graduado em engenharia, mestre em Planejamento de Transportes com estudos em Avaliação de Vulnerabilidade de Infraestrutura de Transportes pela UnB (Universidade de Brasília) e também tem especialização em Economia do Setor Público.
O presidente da Ampef, Selmo Pereira, acompanhou a mudança no ministério e apontou a importância da continuidade das obras e também do cuidado com o setor do transporte rodoviário de cargas, que é responsável por mais da metade das atividades logísticas do país.
“Desejamos ao novo ministro muita sorte na gestão dos trabalhos e esperamos que ele continue prezando pela fiscalização e acompanhamento das questões do setor de transporte de cargas, em especial as atividades relativas ao pagamento eletrônico de frete, que ajuda a coibir a sonegação fiscal resultante da prática da carta-frete, que prejudica caminhoneiros e toda a sociedade”.
Carta-frete drena investimentos das estradas
A carta-frete é uma prática ilegal adotada como pagamento aos caminhoneiros autônomos, que promove regime análogo à escravidão e venda-casada, dois crimes previstos em lei. É uma espécie de vale, entregue por transportadoras, embarcadoras e ou operadores logísticos, ao caminhoneiro como forma de pagamento do frete.
Costuma ser trocada em postos de combustíveis previamente selecionados, que cobram ágio a cada troca que o caminhoneiro realiza, seja por combustível, alimentação e estadia. É uma moeda ajurídica, segundo o jurista Ives Gandra Martins. A carta-frete promove a sonegação fiscal e drena investimentos das estradas e das melhorias necessárias ao setor de transporte terrestre de cargas.
“É uma prática absolutamente nociva para a toda a sociedade e que deve ser combatida até que seja totalmente eliminada”, complementa Pereira.
Por Redação Na Boléia