A nova tecnologia de pedágio Free Flow, que estreou na BR-101 (Rio-Santos) no Rio de Janeiro, agora chega às rodovias do Estado de São Paulo. Trata-se de uma solução mais rápida e eficiente para a realização das cobranças por meio de pórticos equipados com câmeras e sensores a laser, que registram em tempo real a passagem dos veículos. Haverá a identificação das respectivas placas sem a necessidade de parada nem de redução de velocidade.

A partir de 1º de agosto, duas praças na SP-333, Itápolis (km 179) e Jaboticabal (km 110), vão adotar o sistema, trazendo inúmeras expectativas e algumas dúvidas, por se tratar de um novo sistema de cobranças. Muitos motoristas ainda podem se sentir inseguros quanto ao pagamento da tarifa, e há muitos relatos de autuações por evasão de pedágio e velocidade.

Para isso, empresas do transporte rodoviário de cargas têm investido em informação, já que o fluxo de veículos pesados em rodovias com pedágios registrou um crescimento de 1,3% no ano passado, de acordo com a ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias).

José Alberto Panzan, diretor da Anacirema Transportes e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Campinas e Região (Sindicamp), compartilha sua visão sobre essa inovação e os impactos esperados para o setor: “Creio que essa tecnologia, já amplamente adotada na Europa, traga maior agilidade para o setor de transporte de cargas, pois não haverá necessidade de parar ou reduzir velocidade para o pagamento da tarifa de pedágio“. A eliminação das paradas nas praças de pedágio é vista como um avanço que poderá reduzir o tempo de viagem e aumentar a eficiência logística.

Nesse sentido, para que a transição do sistema Free Flow seja tranquila, o executivo sugere que as empresas se informem sobre os locais onde serão instalados os pórticos de pedágio e se adaptem gradualmente à nova tecnologia. “Acredito que a transição será natural, uma vez que o percentual de veículos de cargas que já tem TAG é maior do que veículos de passeio. Basta fazermos uma divulgação dos pontos onde o Free Flow já está operando e educar os motoristas quanto a esse novo método de cobrança para melhor conscientização de todos“, acrescenta José Alberto.

Para auxiliar na divulgação de informações, as transportadoras ainda podem contar com o auxílio dos sindicatos e Federações do setor, que também realizam o trabalho de apoio aos associados com relação às novas tecnologias. “O Sindicamp apoia a implementação do Free Flow e mantém os associados informados a respeito. Destacamos que, assim como outras tecnologias já utilizadas, o Free Flow vai agilizar nossas operações”, finaliza Panzan. A entidade tem promovido iniciativas para esclarecer dúvidas e facilitar a adaptação das transportadoras ao novo sistema.

Por Redação Na Boléia


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