Ford comemora a produção de 40 milhões de picapes Série F
A Ford comemorou a produção de 40 milhões de picapes Série F nos Estados Unidos, mais um marco da linha que completou também 45 anos como uma das picapes mais vendidas no mundo. O modelo histórico saiu da fábrica da Ford em Dearborn, Michigan, e será exposto em um museu. Ele vai para um cliente do Texas e já começa a trabalhar, “porque é isso que as picapes Ford fazem”, diz um comunicado da marca.
A história pioneira da Ford em picapes começou em 1917, com a produção do Modelo TT, utilitário derivado do Modelo T. No Brasil, hoje a linha é representada pela Ranger, que em breve terá a companhia da nova Maverick.
A Série F surgiu após a Segunda Guerra, em 1947, quando a Ford aproveitou a experiência na construção de picapes militares para atender os americanos que se mudavam das áreas rurais para os centros urbanos, procurando trabalho e levando o gosto pelas picapes. A primeira geração da linha (1948-1952) ia da F-1 de meia tonelada à pesada F-8.
A segunda geração (1953-1956) ganhou mais capacidade, potência e foi renomeada. A F-1 tornou-se F-100 e as picapes F-2 e F-3 foram integradas na F-250. F-4 tornou-se F-350. Itens de conforto como apoios de braço, quebra-sol, luz de teto e transmissão automática opcional começaram a surgir, e o famoso V8 flathead foi substituído pelo motor de oito válvulas no cabeçote em 1954.
Na terceira geração (1957-1960), a picape introduziu grandes mudanças de estilo, adotando o desenho mais quadrado que marcou as décadas seguintes. A tração 4×4 passou a ser opcional em 1959.
A quarta geração (1961-1966) introduziu a famosa suspensão twin-I-beam em 1965.
A primeira cabine dupla de quatro portas foi lançada no mesmo ano, como versão especial F-250. A versão Ranger, topo de linha, chegou em 1966 com carpetes, freios hidráulicos, direção hidráulica e ar-condicionado.
A quinta geração (1967-1972) trazia, entre outros toques de design que marcaram a Série F nos anos seguintes, o nome Ford em letras maiúsculas no capô, grade com faróis integrados e cabine quase 10 centímetros mais larga.
A sexta geração (1973-1979) trouxe grade redesenhada e a primeira F-150, que logo passou em popularidade a F-100. Faróis retangulares foram oferecidos como opcionais em 1978 e se tornaram de série no ano seguinte. Em 1977, a Série F assumiu a liderança de vendas nos EUA que mantém até hoje.
A sétima geração (1980-1986) trouxe aprimoramentos aerodinâmicos e interior mais luxuoso.
Em 1983, a F-150 substituiu a F-100 como modelo de entrada. A oitava geração (1987-1991) foi levemente reestilizada e ganhou direção hidráulica e freios ABS traseiros de série. O motor seis cilindros recebeu injeção de combustível e aumentou a potência para 145 hp.
Na nona geração (1992-1996) a picape ganhou nova frente e capô. Em 1995, a Série F passou como veículo mais vendido do mundo o VW Fusca, que manteve o título em carros de passeio.
A décima geração (1997-2003) trouxe a maior reestilização da linha em mais de uma década, como resultado da decisão da Ford de direcionar a F-150 para uso comum, deixando a F-250 e a F-350 Super Duty para clientes comerciais. Mais elegante e aerodinâmica, ela introduziu um novo chassi, mais leve, e suspensão dianteira com barra de torção.
Na 11ª geração (2004-2008), a Série F foi redesenhada e ficou maior. Com mais espaço e conforto, atendia o número cada vez maior de clientes que usavam a picape como veículo principal. As vendas anuais atingiram o recorde de 939.511 unidades.
A F-150 de 12ª geração (2009-2014) trouxe um estilo mais quadrado e agressivo, inspirado no sucesso das irmãs maiores Super Duty. Ganhou uma nova estrutura de caçamba, mais rígida, e o motor EcoBoost V6 3.5 biturbo. Além da versão Platinum, com rodas cromadas de 20 polegadas e bancos de couro aquecidos e ventilados, foram lançadas as versões especiais SVT Raptor e Tremor.
Na 13ª geração (2015-2020) a F-150 trouxe outra grande inovação: a carroceria de alumínio sobre chassi de aço. Mais leve e resistente à ferrugem, também foi a primeira picape a receber cinco estrelas de segurança da NHTSA. Introduziu também novos motores V6 a gasolina e diesel.
As maiores mudanças da atual geração, a 14ª, lançada em 2021, foram no interior, incluindo tela de 12” e seletor de marchas rebatível que transforma o console em mesa auxiliar. As opções de motores vão do V8 5.0 e V6 com 2.7 e 3.5 litros a um turbodiesel 3.0, todos com transmissão automática de 10 velocidades. As próximas novidades da Série F são a versão híbrida PowerBoost e a elétrica F-150 Lightning, que abrem um novo capítulo na sua história.
Por Redação Na Boléia