Especialistas da Ford buscam o “cheiro de carro novo”
Considerando que o “cheiro de carro novo” é um dos fatores que mais influenciam o consumidor na hora de escolher um veículo, mesmo que de forma inconsciente, a Ford colocou em funcionamento laboratórios especializados em odores nos continentes americano, europeu e asiático que testam todos os materiais usados nos carros – veja o vídeo.
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Essa abrangência de regiões, segundo os estudos, deve-se ao fato de as pessoas não sentirem as fragrâncias da mesma forma, o que também é explicado pela genética, aspectos culturais e costumes de cada local. O couro, por exemplo, é um material desafiador, que desperta reações diferentes em cada mercado e não é apreciado pelos orientais. “O olfato é o mais potente e sensível dos cinco sentidos humanos e um dos mais ligados à memória e emoção. Ele afeta 75% das nossas emoções diárias e pode influenciar nosso humor e bemestar”, diz Andy Pan, engenheiro que lidera o laboratório de odores da Ford na Ásia.
A Ford testa o cheiro de tudo que é usado em seus veículos, desde o tecido dos bancos e plásticos aos carpetes. O critério nessa avaliação é que os materiais tenham um odor perceptível, mas não perturbador. Quando qualquer elemento apresenta um cheiro considerado muito forte, o fornecedor é acionado para buscar outras opções. Por exemplo, o laboratório de odores da Ford na Ásia, localizado em Nanquim, na China, conta com um time de 18 “superolfatos”, especialistas que testam cerca de 300 materiais e componentes por ano. Para entrar nesse seleto grupo, que é renovado anualmente, os candidatos passam por uma seleção que inclui a avaliação de amostras de materiais colocados em 16 vasilhas. Eles são escolhidos pela capacidade de sentir e analisar esses odores, mas também precisam preencher outros requisitos. “Eles não podem fumar, ter alergias ou sinusite”, explica Mike Feng, testador de odores da Ford há quatro anos. “Usar perfume, jaqueta de couro ou esmalte para unhas também não é permitido, assim como xampus com cheiros fortes, que comprometam o olfato.”
Por: Redação Na Boléia