Chega ao mercado a “Uber dos caminhões”
Aproveitando a nova realidade do mercado brasileiro de cargas rodoviárias, que passa pela mesma transformação que o transporte individual de passageiros, Oscar Salazar, cofundador da Uber, empresa que em menos de seis anos se tornou uma das maiores companhias do mundo, se tornou investidor e diretor da CargoX, primeira transportadora do País impulsada por tecnologia. A previsão é que nos primeiros dois anos de operação, o investimento chegue a R$ 100 milhões.
Conectada em tempo real por um aplicativo com mais de 100 mil caminhoneiros autônomos, a empresa vem sendo estruturada desde meados de 2015 e é pautada em algumas das principais diretrizes do Uber: agilidade, flexibilidade e qualidade na experiência do contratante do serviço, além de uma base de motoristas cadastrados com processo de triagem rigoroso e responsabilidade pelas cargas transportadas. “Utilizamos a ociosidade da frota autônoma do País com o cruzamento das rotas de nossos clientes para otimizar os envios. Com essa tecnologia por trás da CargoX permitimos que os embarcadores tenham uma economia inicial de até 30% no valor do frete”, esclarece Alan Rubio, diretor de Transportes da CargoX, especialista com mais de 25 anos de experiência no setor de transportes.
Para Oscar Salazar, o momento econômico que o Brasil atravessa também foi uma oportunidade para a criação da companhia. Segundo o executivo, o mercado brasileiro de frete opera com 40% de ociosidade em sua capacidade. “As transportadoras brasileiras estão sob a pressão da crise econômica e, justamente por isso, vamos oferecer um serviço de melhor qualidade com menor custo. Para nós, é o momento de apostar no País e crescer de forma exponencial, impactando positivamente no valor operacional da cadeia logística”, afirma.
E continua: “Pretendemos revolucionar o mercado de transporte de cargas no País, com o fortalecimento da cadeia logística. Nós acreditamos em um crescimento rápido, com faturamento que pode ultrapassar os R$ 48 milhões no primeiro ano de atuação”, prevê Salazar.
O mercado brasileiro
O transporte rodoviário de cargas brasileiro (TRC) é responsável por mais de 65% do volume de mercadorias movimentadas no Brasil, e seu custo representa cerca de 6% do PIB do país. Para as empresas, o transporte de carga pelas estradas nacionais responde por mais da metade da sua receita líquida, como no caso da agroindústria (62%) e das indústrias de alimentos (65,5%). Segundo dados não oficiais, o Brasil tem uma frota excedente de aproximadamente 350 mil veículos (35%), o que gera mais de 30% de viagens com o caminhão vazio.
Por: Redação Editora Na Boléia
Francisco, obrigada pelo comentário. Esperamos ter atendido sua necessidade de leitura e esperamos contar com sua participação em outras ocasiões. Abraços!
Talvez seja a solução para a crise que ronda o TRC.