Caminhões movidos a hidrogênio chegam ao mercado
Dando mais um passo rumo à eliminação do uso de combustíveis fósseis na Europa, a Hyundai entregou a empresas suíças os primeiros de um lote de 50 caminhões pesados movidos a hidrogênio.
Para viagens mais longas, esses veículos têm uma vantagem em relação aos elétricos – uma autonomia maior. Mas tem uma desvantagem: por enquanto são mais caros, especialmente por questões ligadas à escala de produção.
Comparando-os com os caminhões diesel, os custos iniciais dos movidos a hidrogênio são maiores, porém, um estudo da consultoria McKinsey concluiu que, levando-se em conta todos os fatores envolvidos, ao redor do ano de 2030 os custos de ambos serão equivalentes.
A Hyundai trabalha com parceiros suíços objetivando implantar uma cadeia de postos de abastecimento e manutenção dos veículos movidos a hidrogênio, que será produzido a partir da energia gerada por hidrelétricas.
Os caminhões serão adquiridos por meio de leasing e há planos para que 1.600 desses veículos estejam rodando na Suíça até 2025.
Uma das empresas que vai utilizá-los é a Migros, a maior cadeia local de supermercados, à qual estão ligados postos de combustíveis, bancos, centros comerciais, lojas de roupas, eletrônicos etc.
Essa empresa foi fundada em 1925 por Gottlieb Duttweiler, que, curiosamente, acabara de voltar do Brasil, onde viveu por algum tempo. Um fator determinante do grande sucesso da Migros foi a importação de bananas, fruta até então extremamente rara na Suíça.
Esses caminhões, que levam a marca H2 Xcient, foram desenvolvidos pela Hyundai em parceria com empresas suíças. A montadora sul coreana espera produzir 2.000 unidades a partir de 2021, de forma a atender à demanda de veículos movidos a energia limpa.
Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
André Walther Breternitz, Pós-graduado em Gestão de Seguros e Previdência pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua na área de seguros do Banco do Brasil.
Por Redação Na Boléia