2-1-13032018Conforme normativa 16.656/18, em vigor desde janeiro deste ano, todos os postos de combustíveis do estado de São Paulo estão proibidos de abastecerem os veículos além do limite automático das bombas. A prática acaba sendo rotineira nos postos como uma forma de arredondar o valor a ser pago ou até, a pedido do motorista, que acredita que conseguirá “rodar” um pouco mais com o veículo.

De autoria do deputado estadual Marcos Martins (PT), a lei tem como objetivo preservar a saúde do frentista e o meio ambiente da exposição e contaminação pelo “benzeno” e outros gases nocivos.

“Os veículos têm uma peça dentro do tanque de combustível chamada cânister que serve para filtrar as emissões de vapor liberadas pelo veículo. Ou seja, a peça basicamente é responsável por evitar que gases tóxicos cheguem ao meio ambiente. Se inundado com gasolina em excesso, ela não consegue tratar os poluentes que são liberados para o meio ambiente”, explica Pedro Lion, engenheiro na Cobli, start-up especializada em controle de frota, telemetria e roteirização.

Além de prejudicar a peça, que precisará ser trocada, o combustível no cânister faz soltar as partículas de carvão ativo que existem dentro dele, que podem acabar parando no tanque e serem sugadas pela bomba de combustível, provocando falhas ao chegar no sistema de injeção.

O “benzeno”, gás presente na composição da gasolina, está na Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos, criada pelos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), Previdência Social (MPS), Saúde (MS) e divulgada pelo Diário Oficial da União.

Riscos de inalação

Além de prejudicar o meio ambiente e os componentes do veículo, ao abastecer o veículo além do limite da bomba, os vapores do “benzeno” se desprendem da gasolina e são expelidos no ar, colocando em risco a saúde dos próprios motoristas e, principalmente dos frentistas, que inalam podem inalar uma grande quantidade dos vapores.
“No manual do proprietário há a informação da capacidade máxima em que o tanque pode ser abastecido. Geralmente, esse limite é 10% inferior à real capacidade do tanque. Portanto, para se prevenir, peça para que o frentista não continue enchendo o tanque do veículo após o travamento automático da bomba de combustível. Os componentes do carro, a sua saúde e a de terceiros e o meio ambiente agradecem”, finaliza Lion.

Por: Redação Na Boléia

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