3-09062016Prestando homenagem aos seus sucessos anteriores, a Renault conta a história de sua trajetória e conquistas no mundo do automobilismo esportivo. São mais de 115 anos de paixão, cujo início foi marcado pela primeira grande vitória da Renault em 1902, com a consagração de Marcel Renault na corrida Paris-Viena.

Em 1906, a Renault participa do primeiríssimo Grande Prêmio da história, organizado nos arredores de Le Mans, com o Tipo AK, dotado de um chassi leve e um motor de quatro cilindros e 12,9 litros.

Nos anos 20 e 30, a Renault se concentra nos recordes de velocidade e desenvolve o espetacular Renault 40CV Tipo NM dos Recordes de 1926.

Nos anos 1930, a Renault produz a gama de veículos Nerva, mantendo sua busca por recordes nas estradas europeias e africanas. Com suas curvas inspiradas na aviação e seus 8 cilindros em linha, o Nervasport perde por dois décimos de segundo a vitória no Rali de Monte Carlo de 1932. Mesmo assim, ele vence o Rali de Monte Carlo e a prova Liège-Roma-Liège em 1935, antes de terminar em segundo – atrás da Bugatti – do Rali do Marrocos de 1935.

Nos anos 50, a Renault volta a mostrar seu espírito pioneiro, tendo novos recordes como objetivo. Concebido após dois anos de testes em túnel de vento, o modelo conhecido como Estrela Cadente coloca suas rodas nos lagos salgados de Bonneville (Utah, Estados Unidos), em setembro de 1956. Ornado com uma espetacular carroceria azul, este veículo fora de série conta com um chassi tubular e dois grandes estabilizadores, parecidos com os de um avião. Sob a carroceria de poliéster se esconde uma turbina ultrapotente, que entrega 270 cv a 28.000 rpm e uma transmissão Transfluide.

Em seguida, a Renault se consagra nos ralis. A marca do Losango leva o inovador Dauphine com motor traseiro a participar de várias provas. Ele monopoliza os quatro primeiros lugares das Mille Miglia e conquista a Volta da Córsega de 1956, antes de vencer o legendário Rali de Monte Carlo dois anos mais tarde.
Criador dos carros de corrida que levam o seu nome, Amedeo Gordini desenvolve uma versão radical do Dauphine ao final dos anos 50. A associação Renault-Gordini se revela frutífera e leva à criação dos legendários R8, R12 e R17 Gordini. O R8 Gordini brilha principalmente em ralis, em corridas de montanha e em circuitos. Em 1966, sua imensa popularidade leva a marca a lançar a Copa Renault 8 Gordini, pioneira das fórmulas de promoção.

A Renault Sport é fundada em 1976 e um programa para monopostos é lançado paralelemente neste mesmo ano. Primeira etapa: o Campeonato Europeu de Fórmula 2, com o V6.

Início na F1

Os Renault com motor turbo se mostram diabolicamente rápidos no Campeonato Mundial da FIA de Carros Esportivos, com belas séries de pole positions e melhores voltas da corrida. Todos os ingredientes estão reunidos em 1978, quando Didier Pironi e Jean-Pierre Jaussaud conquistam uma vitória histórica nas 24 Horas de Le Mans, enquanto que um segundo Renault termina a prova aos pés do pódio. Após este sucesso retumbante na famosa prova francesa, a Renault pode agora se concentrar na próxima etapa: a Fórmula 1.

Propulsionado por seu V6 turbo, o RS01 faz sua estreia no Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1977. Pilotada por Jean-Pierre Jabouille, a “chaleira amarela” não chega a passar pela bandeira quadriculada, mas fica para sempre na memória. Quatro outros Grandes Prêmios acontecem no final daquele ano, permitindo que a Renault acumule uma valiosa experiência. O aprendizado continua durante toda a temporada de 1978, até que Jabouille marca os primeiros pontos da Renault na F1 — os primeiros para um motor turbo — conquistando o quarto lugar do Grande Prêmio dos Estados Unidos. A passagem para o duplo turbo no Grande Prêmio de Mônaco de 1979 representa um progresso tangível. A equipe supera os problemas de tempo de resposta e Jabouille conquista uma primeira vitória histórica em casa, após largar na pole position em Dijon.

Na Fórmula 1, o investimento da Renault começa a dar frutos. Em 1983, a Renault se classifica em segundo no Campeonato Mundial com Alain Prost, vencedor de quatro Grandes Prêmios, mas que termina a temporada dois pontos atrás de Nelson Piquet e seus três sucessos. No mesmo ano, a Renault se torna pela primeira vez fornecedora de motores de uma segunda escuderia, ao se associar com a Lotus. Outros contratos de fornecimento são firmados posteriormente com a Ligier e a Tyrrell. No Grande Prêmio de Portugal de 1985, Ayrton Senna conquista sua primeira vitória na F1 com um V6 Renault. Naquela temporada, o brasileiro se afirma como uma das revelações da categoria. No final de 1985, a equipe da fábrica encerra suas atividades para se concentrar em seu papel de fornecedora de motores. Em 1986, o trio Senna-Lotus-Renault se mostra o mais rápido do grid, e o piloto brasileiro conquista oito poles positions.

A Renault volta oficialmente à Fórmula 1 ao final dos anos 1980, desta vez com uma parceria com a Williams. Em sua primeira campanha, a nova associação leva a duas vitórias em Grandes Prêmios, seguidas de duas outras em 1990. Nigel Mansell, que conhece os motores Renault desde sua passagem pela Lotus, ingressa na equipe no final de ano.

A Renault abandona oficialmente a categoria ao final da temporada de 1997. A exemplo da Williams, Benetton e, mais tarde, a nova BAR, várias escuderias utilizarão motores originais Renault com a marca Supertec, Mecachrome e Playlife. Em Viry-Châtillon, uma célula de desenvolvimento continua a preparar um futuro programa de F1.

Uma vez mais, a ausência oficial da Renault nos grids de largada tem curta duração. No início de 2001, a marca do Losango anuncia a compra da escuderia Benetton para voltar como montadora independente. Naquela temporada, a Renault fornece motores produzidos em Enstone, antes do renascimento da estrutura sob o nome de Equipe Renault de F1 no ano seguinte. A planta de chassis é mantida no Reino Unido e trabalha em estreita colaboração com o departamento de motores de Viry-Châtillon.

Apesar da importante reviravolta tecnológica representada pela passagem do V10 para o V8, a Renault continua seu triunfo em 2006. Com oito sucessos, a Renault luta com a Ferrari pela conquista dos títulos, mas a capacidade de inovação da marca francesa conquista mais uma dobradinha.

Deixando de fornecer para várias equipes, a Renault fecha uma parceria de motores com a Red Bull Racing, em 2007. Os monopostos azuis não demoram a se revelar performantes. Em 2010, Vettel é finalmente vencedor e se torna o mais jovem campeão Mundial da história da categoria. A escuderia Red Bull-Renault conquista o título de Construtores.

A Renault Sport Technologies continua o desenvolvimento de sua gama de veículos para campeonatos monotipos, com a Fórmula Renault 2000 e a Copa Clio. Em rali, o Clio Super 1600 vence rapidamente com vários títulos internacionais, entre 2003 e 2005.

Em 2014, a Fórmula 1 faz uma verdadeira ruptura, com a introdução de uma tecnologia de motores de vanguarda. O novo grupo propulsor da Renault na F1 combina a arquitetura da antiga geração de motores superalimentados, potentes motores elétricos e uma bateria com sistemas de recuperação de energia sofisticados, para reduzir o consumo em 40%, oferecendo ao mesmo tempo dinamismo e performances similares.

A Renault continua a fornecer para a Red Bull Racing, a escuderia irmã da ToroRosso, assim como para a Equipe Lotus de F1, mas a batalha é cruel. Após uma revisão completa de sua estratégia, a Renault anuncia ao final de 2015 seu retorno como montadora independente. A partir de 2016, o nome Renault entra em ação sob a bandeira da Equipe Renault Sport de Fórmula Um.

Por: Redação Na Boléia

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