Mercedes-Benz é destaque por “Aterro Zero” em sua fábrica de Juiz de Fora
A fábrica da Mercedes-Benz do Brasil em Juiz de Fora (MG), onde são produzidas as cabinas dos caminhões da marca, alcançou o nível “Aterro Zero”. Adotando diversos processos de descarte e reciclagem de materiais, a empresa deixa de enviar 140 toneladas de resíduos por ano para aterros sanitários, contribuindo para a proteção ambiental e da comunidade.
O processo implantado na unidade mineira seguiu o modelo adotado na planta de São Bernardo do Campo (SP), no início de 2022, que deixou de enviar 800 toneladas de resíduos anualmente para aterros sanitários. “Ou seja, no total, a Empresa chega a um volume de 940 mil toneladas, o que evita a emissão de cerca de 588 mil toneladas de CO2 na atmosfera, além de minimizar outros impactos ambientais”, diz Ronnie Silveira de Oliveira, gerente de Meio Ambiente da Mercedes-Benz do Brasil em Juiz de Fora.
Numa primeira etapa, entre 2020 e 2021, a área ambiental da fábrica de Juiz de Fora deu foco para a destinação de resíduos alimentares orgânicos por meio de compostagem. Em maio de 2022, foi implantado o projeto “Aterro Zero”, envolvendo também a destinação de Resíduos Classe II, não recicláveis, por meio de coprocessamento.
Redução dos gases de efeito estufa
O coprocessamento é uma tecnologia que utiliza resíduos industriais e urbanos como combustíveis alternativos para a produção de cimento. Esta solução permite o aproveitamento de energia durante o processo de combustão, transformando resíduos em clínquer, matéria-prima do cimento.
Os benefícios ambientais relacionados a este processo estão associados à redução da emissão de gases de efeito estufa. Além disso, o coprocessamento reduz os impactos ambientais relacionados ao solo e à contaminação dos lençóis freáticos, além de reduzir a necessidade de abertura de novos aterros.
“A classificação Aterro Zero segue a estratégia ESG da Empresa no País, que se apoia nos pilares Meio Ambiente, Social e Governança e está alinhada aos mesmos princípios adotados em todo o mundo pela Daimler Truck”, destaca Ronnie Silveira de Oliveira.
Esse compromisso da Mercedes-Benz vai além de seu corebusiness de produzir caminhões e ônibus e desenvolver serviços. A companhia segue firme no propósito de mover o mundo, reforçando o compromisso de contribuir com o desenvolvimento da sociedade em que está inserida, garantindo qualidade de vida, recursos naturais e segurança para um futuro sustentável.
Em 2018, a Daimler Truck definiu metas para aumentar a taxa de reciclabilidade dos resíduos gerados em suas fábricas de todo o mundo. Além disso, também foram definidas metas para a redução do consumo de água e energia e da emissão de gás carbônico (CO2).
Entre os objetivos e metas para o aumento da reciclabilidade dos resíduos foi definido que todas as unidades da Daimler deveriam ser “Aterro Zero” até 2030, ou seja, buscar alternativas sustentáveis para a destinação de resíduos sólidos, eliminando a opção de encaminhá-los para aterros sanitários.
Desde então, a área de Gestão Ambiental da Mercedes-Benz do Brasil vem estudando as melhores alternativas para a destinação de resíduos. Em novembro de 2021, firmou parceria com uma empresa que trata os resíduos antes enviados para aterros sanitários. Com isso, desde dezembro de 2021, a fábrica do ABC se tornou oficialmente “Aterro Zero”. Em 2022, foi a vez da unidade de Juiz de Fora.
A Mercedes-Benz do Brasil possui um amplo e cuidadoso processo de coleta, triagem e destinação adequada nas Centrais de Resíduos Classe I e II, seguindo a classificação de resíduos perigosos, recicláveis e não recicláveis.
Atualmente, os resíduos rotulados como perigosos, tecnicamente chamados de Resíduos Classe I, são incinerados ou coprocessados por empresas parceiras homologadas.
Os ambulatoriais, que apresentam maior perigo à saúde e ao meio ambiente, são encaminhados para incineração. O restante dos resíduos perigosos é encaminhado para coprocessamento ou reciclagem como rerrefino de óleos.
Os resíduos recicláveis e não recicláveis, tecnicamente chamados de Resíduos Classe II, são separados por meio da coleta seletiva, para posterior destinação adequada, seja reciclagem ou compostagem.
Já as sucatas metálicas, conhecidas como materiais inservíveis, são recicladas e reinseridas na cadeia produtiva dos fornecedores.
Ações de sustentabilidade
O compromisso com a proteção ao meio ambiente e à comunidade está refletido também em outras ações da fábrica da Mercedes-Benz do Brasil em Juiz de Fora. A unidade foi a primeira da Empresa no País a concentrar um conjunto de ações de sustentabilidade ambiental numa única área.
O chamado “Prédio Verde”, que abriga a decapagem de meios de produção empregados no processo de pintura de cabinas, utiliza energia solar, captação de água da chuva, tratamento e reuso de água, além de coprocessamento de resíduos.
“Essa unidade de decapagem, que fica ao lado do prédio de pintura, nos traz ganhos impactantes de proteção ao meio ambiente e de economia de custos com energia elétrica e inúmeros ganhos ambientais”, afirma Herick Borges, gerente sênior de Produção de Cabinas da Mercedes-Benz do Brasil em Juiz de Fora. “Com as medidas adotadas, o Prédio Verde reduz significativamente o consumo de energia elétrica e de água, além de evitar a emissão de CO2 na atmosfera”.
“Além de atender ao processo de decapagem dos meios de produção da pintura, o projeto Prédio Verde tem como propósito ser um modelo de sustentabilidade”, ressalta Herick Borges. “As práticas adotadas garantem a autossuficiência de recursos naturais do processo, não causando, portanto, impactos ao meio ambiente. Como exemplo, 64,5 toneladas de CO2 deixam de ser lançadas na atmosfera por ano. Isso equivale ao plantio de mais de 400 árvores”.
Segundo o executivo, o Prédio Verde é um projeto desenvolvido e aplicado por colaboradores da própria fábrica. “O êxito dessa iniciativa abre novas possibilidades sustentáveis, como a adoção de 100% da iluminação em LED no Prédio Verde e a destinação de água de captação de chuva no processo de lavagem de carros da frota e nos banheiros”, conclui Herick.
Por Redação Na Boléia