Ford Belina 88 totalmente reparado inicia expedição à Cordilheira dos Andes
O Rota do Asfalto, projeto de Wagner Peres Coronado e Raphael Pimpinado Peres, que atua na manutenção e restauração de carros clássicos e organização de viagens, está na contagem regressiva para dar a largada, no dia 10 de outubro, à Cordilheira dos Andes, com um Ford Belina 1988, totalmente reparado, modelo que ganhou, além de outros reparos, novos faróis da linha ARTEB Clássicos.
“Poder participar deste projeto é, sem dúvida, uma interessante oportunidade de exposição da marca Arteb Clássicos que fornece produtos de qualidade para veículos que marcaram época e que ainda estão presentes na frota circulante brasileira. O farol é um item de segurança e a qualidade do nosso produto fará a diferença no percurso de 7 mil km, com vários desafios, como o clima tipicamente frio, com baixas temperaturas e precipitação de neve”, comenta Gustavo Souza, gerente de marketing e comercial da ARTEB.
Coronado, pai de Raphael, destacou que, por questão de segurança, antes da troca dos faróis, não circulavam com o veículo à noite, pois estavam opacos e com refletores danificados. “O Rota do Asfalto, em suas viagens, tem como um dos objetivos conhecer novos lugares, novas culturas e diversão, sempre com segurança e uma boa iluminação no veículo pode evitar acidentes no trânsito”, ressalta Coronado.
O Ford Belina foi todo desmontado, ficou no monobloco, e a preparação do modelo durou 7 meses. “Convertemos o motor para gasolina, pois na região não há álcool, adicionamos o ar quente e revestimos todo o assoalho com manta térmica desde a parede corta-fogo até o porta-malas para enfrentarmos as baixas temperaturas, assoalho que também recebeu pintura para não oxidar”, afirma.
O banco traseiro também foi retirado para ganhar espaço e, se necessário, devido algum percalço do percurso, como, por exemplo, o fechamento da estrada devido a uma nevasca, há como se esticar e descansar no amplo porta-malas. Carregam um baú de alumínio, fabricado por três gerações – pai, filho e avô, na parte superior do veículo, onde levam um estepe sobressalente e ferramentas.
Um dos principais desafios a ser vencido é a altitude, de mais de 3 mil metros. “O carro é carburado e ocorre a perda de potência. Quanto maior a altitude, mais o ar se torna rarefeito, com menor volume de oxigênio, mudando, assim, a relação estequiométrica – ar/combustível”, enfatiza. Segundo Coronado, o veículo, que possui 74 cv, chega a perder 30% de potência.
Cuidados com a iluminação do veículo
Após a substituição por novos faróis, o Ford Belina recebeu também regulagem da iluminação, realizada pelos técnicos no laboratório da Arteb. Foi medida a altura do centro da lâmpada até o solo, que no modelo foi de 70 cm. Depois, com o veículo há uma distância de 5 metros da parede, mediu-se a localização do foco da luz na parede. Distanciando o carro a cada metro da parede, o foco ficou 1 cm abaixo e, assim, identificou-se que a regulagem estava correta.
Neste modelo, tanto farol alto quanto baixo, consegue-se medir desta forma. No entanto, a recomendação é levar a uma oficina especializada para realização do serviço, especialmente, nos modelos mais novos, pois regular o farol alto é um trabalho complexo.
No caso, dos carros mais antigos, o material usado nos faróis é o vidro, que conta com maior durabilidade que o policarbonato, utilizado nos veículos mais novos. “Para uma iluminação adequada, o foco fica na lente, que não pode estar trincada, além disso, não pode haver comprometimento nas fixações e a estanqueidade deve estar assegurada pois estes problemas comprometem a eficiência”, afirma o gerente comercial da Arteb, recomendando atenção na hora da instalação, bem como observar as condições do refletor.
Por Redação Na Boléia