Exame toxicológico ainda é motivo dúvidas para motoristas profissionais
A campanha Maio Amarelo alerta a população sobre a importância de se realizar ações para garantir um trânsito seguro. Dentro deste assunto, a exigência do exame toxicológico para motoristas de caminhões e ônibus é uma das mudanças mais recentes, mas que ainda gera muitas dúvidas nos profissionais quanto aos tipos de substâncias detectadas e demais exigências da lei.
O exame toxicológico tem como objetivo identificar a presença de substâncias psicoativas no organismo. O Código de Trânsito Brasileiro determina que todo condutor habilitado nas categorias C, D e E deve realizar o exame toxicológico periódico a cada dois anos e seis meses, para condutores com até 69 anos de idade; e a cada renovação da habilitação, para condutores com 70 anos ou mais.
De acordo com um estudo do SOS Estradas, divulgado em outubro do ano passado, com a
obrigatoriedade dos exames, ocorreu uma redução dos acidentes de trânsito de 30 a 40% em alguns estados brasileiros e cerca de 3,6 milhões de motoristas abandonaram a carreira. A pesquisa mostrou também que, de 200 mil laudos positivos analisados, só na categoria de ônibus, 60,3% usavam cocaína.
Segundo Libni Souza, gerente de produtos do Laboratório DB Toxicológico, os motoristas ficam tão preocupados em cumprir o trabalho que acabam tomando substâncias, como o popular rebite, para
conseguirem dirigir várias horas seguidas sem descanso. “Se o motorista fizer o exame e tiver tomado rebite, vai dar positivo porque a anfetamina é detectada. Não vale a pena, estar sob o uso dessas substâncias pode causar acidentes fatais. O descanso é fundamental”, destaca Souza.
Por Redação Na Boléia