Medidas de segurança no transporte de gás crescem no último ano
O transporte de cilindro de gases está na categoria de cargas perigosas, exigindo uma série de cuidados e obrigatoriedades para que as transportadoras possam exercer sua atividade. Os produtos de natureza perigosa são todos aqueles de origem química, biológica ou radiológica que são nocivos ao meio ambiente, à população e aos seus bens de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão responsável pela infraestrutura de transportes no País.
Para este tipo de carga ser transportada, as empresas e os motoristas necessitam de algumas certificações usuais e outras mais específicas. Além do Registro Nacional de Transporte Rodoviários de Cargas (RNTRC), são obrigatórios outros documentos para que os condutores estejam aptos à atividade, como o curso de Movimentação de Produtos Perigosos (MOPP), que tem como finalidade aperfeiçoar, instruir, qualificar e atualizar os motoristas, habilitando-os à condução dos veículos deste segmento.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), o número de acidentes a cada 10.000 viagens não ultrapassou 0,30 em 2017. Isso ocorre, principalmente, devido à crescente qualificação do setor e do trabalho desenvolvido por seus profissionais nas últimas décadas, além de diversos cuidados exigidos pelo transporte de produtos perigosos.
Segundo Antonio Ruyz, CEO da TransRuyz, empresa associada ao Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logísticas do Oeste do Paraná (SINTROPAR), o transporte de oxigênio requer atenção especial para o seu manuseio devido à sua natureza de carga muito delicada. “Os cilindros requerem muito cuidado, manejo e segurança, porque possuem muita pressão. Se não houver a atenção necessária, pode haver toda uma situação com problemas maiores”, afirma.
Além de perigosos às pessoas, os cilindros de gases podem prejudicar o meio ambiente caso não sejam bem operados: mesmo vazio, seu interior ainda contém ar comprimido. Dessa forma, pode haver vazamentos, ocasionando a contaminação de solos e rios, ameaçando também a vida dos animais silvestres que estiverem no caminho. Tais recipientes não podem ser transportados em espaços fechados, posicionados na horizontal, nem permanecer em locais com temperatura instável, problema este que pode causar explosões.
Por se tratar de uma carga de grande importância para o País, a TransRuyz investe na qualificação de seus funcionários, apostando em cursos e certificados para que haja a melhor condução do produto, promovendo o comércio na região oeste do Paraná. “Aqui na transportadora, nós temos treinamentos específicos para cada operação. Por exemplo, uma vez por ano chamamos um instrutor para oferecer um treinamento no transporte de cilindros, o que auxilia no manuseio, nas boas práticas e no conhecimento sobre como proceder em casos de emergência”, aponta Ruyz.
No ápice da pandemia, a transportadora foi muito importante para o oeste e para o sudoeste do Estado, pois, assim como em diversas localidades, os hospitais da região necessitavam de reabastecimento contínuo e em grande escala para atender às demandas causadas pelos problemas respiratórios da covid-19.
“De forma geral, um paciente entubado consome aproximadamente um cilindro de 10 m³ a cada 6 horas. Portanto, é vital uma logística em sintonia para que não falte cilindros às pessoas, como infelizmente conseguimos observar nesse período tão triste para a humanidade”, conclui Ruyz.
A TransRuyz se preocupa em realizar o transporte de gases de maneira segura e eficaz. Além dos cilindros de oxigênio hospitalar, a companhia é encarregada do transporte de mais de 70 tipos de gases, como de linhas industriais, alimentares e de bebidas.
Por Redação Na Boléia