Com a pandemia causada pelo coronavírus, a população mundial ficou à espera de uma vacina para que vidas deixem de ser perdidas e a economia, viagens e a rotina social voltem à normalidade. Países como China, Estados Unidos, Inglaterra e Rússia estão na corrida para patentear a vacina capaz de prevenir a contaminação pela Covid-19.

Quando a vacina estiver pronta, é fundamental que cuidados no transporte sejam tomados, afinal, um dos principais pontos críticos para a indústria farmacêutica está relacionado ao momento que lotes de vacinas deixam a fábrica e são encaminhadas a centros de distribuição de farmácias, laboratórios e armazéns regionais.

De modo geral, a vacina não pode passar por variações de temperatura, pois isto pode vir a comprometer sua eficácia. Fármacos deste tipo devem ser transportados a uma temperatura entre 2°C e 8°C, o que é um desafio em um país como o Brasil, com tantas variações no clima e proporções continentais com grandes distâncias a serem percorridas.

A carga, portanto, necessita de um equipamento altamente confiável que faça a refrigeração durante todo o transporte. De preferência, que garanta o reajuste automático de acordo com a temperatura externa. Somente assim é possível assegurar a integridade da carga transportada e a qualidade da vacina que o cidadão brasileiro irá receber.

Guia de controle da ANVISA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) possui um guia para a qualificação de transporte dos produtos biológicos, incluindo orientações para medicamentos biológicos e imunobiológicos, como as vacinas. Testes de estabilidade e estresse precisam ser feitos, o que significa uma avaliação do tempo em que o produto ficará em viagem e os cuidados que devem ser tomados durante o trajeto.

A empresa transportadora necessita adotar medidas para que as temperaturas sejam mantidas mesmo em condições adversas. O documento determina comprovação da cadeia logística, incluindo a capacidade de monitoramento contínuo da temperatura e um sistema de logística qualificado.

Um dos mercados mais afetados pela falta de planejamento no transporte é o de medicamentos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 50% das vacinas chegam ao destino deterioradas, principalmente devido a falhas no controle de temperatura. De acordo com Claudio Biscola, Gerente de Vendas Thermo King – América do Sul, os problemas seriam evitados se houvesse ajuste automático de temperatura nos baús e containers.

O transporte e armazenamento de vacinas exige medições de parâmetros que forneçam 100% de certeza à indústria, ao operador logístico, aos centros de distribuição regionais e aos hospitais, laboratórios e postos de saúde. O monitoramento e registro de dados de alta performance durante toda a cadeia do frio é fundamental durante esse processo, seguindo todas as determinações das autoridades regulatórias a fim de garantir que os medicamentos sejam entregues aos pacientes com sua integridade garantida. À vista disso, o ajuste automático de temperatura em relação ao ar externo é essencial para o transporte de vacinas. Muitos equipamentos no mercado não possuem essa capacidade“, explica.

Além dos cuidados com a temperatura, algumas medidas também são necessárias para o transporte de vacinas e medicamentos. São elas:

• Garantir que o alto nível de qualidade, eficácia, segurança e rastreabilidade do produto seja mantido em toda a cadeia de distribuição;
• Registros de dados de temperatura durante o transporte;
• Gerenciamento de dados para auditoria (histórico de serviço mínimo de 5 anos);
• Certificação de qualidade dos equipamentos de refrigeração;
• Procedimentos de limpeza;
• Treinamento de motoristas para operação de carga refrigerada.

Por Redação Na Boléia

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