Anfavea diz que produção de veículos será muito forte no último bimestre
Embora o desempenho do segmento automotivo em outubro tenha, mais uma vez, frustrado a reação aguardada pelas montadoras, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa o setor, informou nesta segunda-feira, 7, que prevê crescimento tanto das vendas quanto da produção no último bimestre do ano.
A associação reforçou a expectativa de vendas superiores a 2 milhões de veículos neste ano – o que exigiria a comercialização de 332 mil unidades entre novembro e dezembro – e seu presidente, Antonio Megale, manifestou ter certeza de que a produção de veículos será “muito forte” na reta final de 2016.
Novembro, segundo ele, será o melhor mês na fabricação de veículos do ano – que vem num ritmo de montagem média mensal de 173,9 mil unidades.
A confiança de Megale se deve à retomada de duas associadas que não produziram em sua totalidade no mês passado. Embora não tenha citado nomes, uma das referências é a Volkswagen, que já adiantou planos de acelerar a produção para normalizar estoques após a parada de mais de um mês – entre agosto e setembro – causada pela rescisão de contrato com um grupo de fornecedores.
Já as vendas, na expectativa da Anfavea, devem ter aquecimento nos últimos dois meses do ano por conta da melhora de confiança das famílias, prestes a receber o décimo terceiro salário para voltar a consumir. Ele também citou o efeito positivo sobre a propensão ao consumo provocado pelo salão internacional do automóvel, que abre as portas ao público nesta semana na zona sul da capital paulista.
O presidente da Anfavea comentou ainda que a situação do mercado de caminhões, onde as vendas caem 31% neste ano, continua “dramática”, mas as montadoras, no embalo das encomendas do agronegócio, já começam a perceber uma reação nos pedidos, o que deve levar a uma reversão “em alguns meses”. “O telefone voltou a tocar”, afirmou Megale, ao se referir à volta das negociações das transportadoras com os fabricantes de veículos comerciais pesados.
Fonte: Estadão Conteúdo
Por: Redação Na Boléia