2-1112016Na edição 139, da Revista Estrada na Boléia, comentamos sobre as novas tecnologias que, em breve, poderão estar nas ruas a bordo de caminhões, e a necessidade de preparar os motoristas para lidar com elas.

Em paralelo, e também seguindo o que tem sido divulgado recentemente, as empresas de transportes e seus dirigentes e responsáveis também vão precisar se adaptar ou, no mínimo, começar a olhar para o seu negócio com outros olhos.

Se o Uber mexeu com os taxistas num primeiro momento, e hoje já há operação com veículo autônomo que dispensa o motorista, a mesma inovação também chegou ao transporte de mercadorias. Notícia, divulgada em 27 de outubro de 2016, informa que no estado norte-americano do Colorado, numa viagem de pouco mais de 200 km, entre as cidades de Fort Collins e Colorado Springs, um caminhão autônomo fez a entrega de 50 mil latas de cerveja (http://m.gizmodo.uol.com.br/otto-caminhoes-autonomos/).

Por estar ainda em desenvolvimento e fase inicial de testes, havia um motorista na cabine que assumiu o volante apenas em trechos urbanos devido à presença de pedestres, cruzamentos, sinais de parada e outras situações não previsíveis. O grau de autonomia desse veículo é de nível 4, de acordo com a classificação do NHTSA, órgão federal de segurança no trânsito, do governo dos EUA.

A empresa que desenvolveu o recurso, já fechou parceria com a InBev, gigante mundial do ramo de bebidas e comandada por brasileiros, que se declarou animada para transformar o transporte comercial.

A Volvo, por sua vez, já tem um caminhão com maior grau de autonomia trabalhando dentro da mina de Kristineberg, no norte da Suécia. Trata-se de um FMX que transporta 25 toneladas de pedras, em operação na mineradora Boliden, empresa especializada na extração de minérios como zinco, bronze, alumínio e ouro (http://www.automotivebusiness.com.br/noticia_det.aspx?id_noticia=24575).

Neste caso, apesar de ainda estar na fase de testes, a intervenção humana é necessária apenas para ligar e desligar o veículo. Todo o restante é realizado pelos sistemas autônomos, o que inclui o cálculo de distâncias e mapeamento do ambiente no entorno, numa operação realizada a 1.300 metros de profundidade e percurso de 45 quilômetros.

Se os caminhões atuais, com toda sua eletrônica embarcada, estão cada dia mais à prova de maus motoristas e seus vícios de condução, se autoprotegendo de erros, em algum momento futuro, os próprios motoristas poderão ser dispensáveis, como já acontece no porto de Roterdã, na Holanda, onde a movimentação dos guindastes e caminhões que transportam contêineres é feita automaticamente por robôs. Não há intervenção humana nem mesmo para guiar os caminhões (http://www.logisticadescomplicada.com/porto-de-roterda/).

Pércio Schneider é consultor especialista em pneus.

Por: Redação Na Boléia

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