O governo federal incluiu os caminhoneiros no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. Excluídos do primeiro plano de vacinação do Ministério da Saúde apresentado ao STF (Supremo Tribunal Federal), trabalhadores do transporte coletivo e transportadores rodoviários de carga foram incluídos na segunda versão apresentada em 16 de dezembro. Nesta semana, um novo informe técnico especificou que fazem parte do transporte coletivo rodoviário motoristas e cobradores, incluídos os profissionais que percorrem um longo trajeto.

Além disso, a pasta acrescentou trabalhadores portuários -até mesmo da área administrativa-, funcionários de companhias aéreas nacionais, funcionários de empresas metroferroviárias de passageiros e de cargas e funcionários de empresas brasileiras de navegação.

Segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), a intenção é vacinar 2 milhões de pessoas do setor na fase quatro do grupo prioritário. Entretanto, a categoria aguarda confirmação e o cronograma de vacinação.

Ao serem incluídos no grupo prioritário, eles serão vacinados antes de pelo menos 100 milhões de brasileiros, que não constam de qualquer grupo prioritário.

Para o presidente da CNT, Vander Costa, as reivindicações do setor foram atendidas porque, em março de 2020, uma norma do governo considerou o serviço de transporte como essencial para o país.

Esse é um reconhecimento da importância do trabalho que vem sendo desempenhado pelo setor, essencial para a manutenção das atividades de todo o país.

No Brasil, foram disponibilizadas até o momento 6 milhões de doses. Estão sendo contemplados idosos acima de 60 anos institucionalizados, pessoas com deficiência com mais de 18 anos institucionalizadas e indígenas aldeados em terras homologadas.Os profissionais de saúde também entraram nessa primeira fase, mas, até o momento, houve a disponibilidade de vacina para apenas 34% do grupo.

Pela falta de vacinas e ausência de diretriz no plano de vacinação de quais seriam vacinados primeiro, estados e municípios têm adotado critérios próprios e aberto espaço para que várias categorias profissionais, de professores de educação física a tatuadores, peçam prioridade na fila da vacinação.

Em São Paulo, médicos de hospitais públicos e privados da cidade tem criticado a falta de vacina em razão de informações de que até mesmo profissionais que não são da linha de frente no atendimento à Covid-19 estão sendo vacinados no Hospital das Clínicas de São Paulo, que estaria sendo privilegiado no calendário de imunizações.

Apesar de idosos com 75 anos ou mais e povos e comunidades tradicionais ribeirinhas estarem incluídos na primeira fase, eles não receberam parte das doses distribuídas. Na segunda fase constam pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras).

Já a quarta deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade, pessoas com deficiência severa, professores, pessoas em situação de rua e trabalhadores do transporte.

O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que o plano de vacinação é dinâmico e por isso podem ocorrer ajustes necessários nas fases de distribuição das vacinas e nas indicações de público-alvo, de acordo os cenários já planejados, considerando a indicação de uso apresentada pelo fabricante, o quantitativo de doses entregues e os públicos prioritários já definidos.”Atualmente, o PNI [Programa Nacional de Imunizações] segue as orientações dos laboratórios produtores quanto à aplicação das doses das vacinas. O objetivo principal do Ministério da Saúde é otimizar o uso do imunizante, vacinando o maior número de pessoas”, disse em nota.

Com informações da Folha de S. Paulo

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