1-25082016Com a crise econômica, o País tem registrado um número maior de roubo e furto de cargas. Produtos alimentícios, cigarros, confecções e eletroeletrônicos estão entre os alvos dos ladrões, pois são comercializados no varejo, devido à fácil distribuição e à difícil identificação de origem. Além disso, outros produtos, como de higiene e limpeza, passaram a integrar a lista dos mais visados pelas quadrilhas.

Dados do último levantamento feito pela Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística), com base em informações das secretarias de Segurança dos estados, empresas do mercado segurador, gerenciadoras de riscos e transportadoras, mostram que nos últimos quatro anos, o aumento de roubo de cargas no Brasil foi de 42% e, só nos últimos dois anos, houve um prejuízo acumulado de R$ 2 bilhões.

De acordo com Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, gerenciadora de riscos do Brasil, o abastecimento fica mais oneroso e ofertas de produtos roubados como parte dos valores subsidiados pelo crime se transformam em ofertas atraentes para o comércio. Além disso, a falta de estrutura da segurança pública e penalidades brandas na legislação contribuem para o aumento dos índices de perdas.

Hoje, conforme explica Cyro, os roubos estão concentrados principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, considerando tanto a área urbana quanto as rodovias. A Rodovia Anhanguera (recordista em incidências), Via Presidente Dutra e Castello Branco estão no topo da lista de ocorrências. A região Sudeste detém um pouco mais de 81% dos roubos no país, contidos nessa região; São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com quase 75%.

“Diante de tudo isso, o gerenciamento de riscos é indispensável, inclusive, os modelos usados no Brasil já se tornaram referência mundial nessa prática, principalmente em países como México e Argentina”.

O gerenciamento de riscos envolve uma minuciosa análise situacional das operações, bem como a devida aplicação dos procedimentos, treinamento, implantação e manutenção, o que contribui efetivamente para a prevenção e a mitigação das perdas. “Esta afirmação é facilmente percebida quando estabelecemos um comparativo do número de cargas gerenciadas e recuperadas confrontado com o número de perdas”, diz.

“Além disso, sempre destaco que gerenciar riscos é uma cultura. É importante que todos os setores envolvidos, Gerenciadoras de Riscos, Embarcadores, Transportadores, Seguradoras, Corretoras de Seguros e Órgãos de segurança pública, trabalhem em sinergia com foco diário no controle e redução de perdas”, finaliza Cyro.

Por: Redação Na Boléia

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