Stefan Mucke
Stefan Mucke
Harry Tincknell
Harry Tincknell

A Ford está esquentando os motores do novo GT para o retorno histórico às 24 Horas de Le Mans, que dá a largada no próximo dia 18, na França. Mais do que um supercarro, para participar da prova de resistência mais famosa do mundo é preciso ter pilotos muito bem preparados. Os pilotos Stefan Mucke e Harry Tincknell estarão no cockpit de dois dos quatro Ford GTs na corrida.

“Ainda me lembro da minha primeira vez em Le Mans. Eu pensei, é só uma corrida de resistência um pouco maior que as normais de seis horas. Mas, obviamente, é completamente diferente”, conta o alemão Mucke. O britânico Tincknell lembra que a prova começa às 3 horas no sábado e termina às 3 horas no domingo. “São três pilotos por carro, mais ou menos oito horas cada, mas nem sempre funciona assim. Em um dos anos eu acabei fazendo 10 horas.”

O treinamento busca preparar fisicamente os pilotos para aguentar o batimento cardíaco acelerado por um longo tempo e a alta temperatura na cabine, que pode chegar a 50 graus.

“Começamos com 20 minutos de corrida e alongamento e fazemos rotinas intensas de treino aeróbico. Depois vamos para os exercícios localizados”, explica o preparador físico Tom Clarck. “Terminamos com exercícios de pescoço nos aparelhos, seguidos de alongamento e massagem. São duas horas e meia por dia.”

O fortalecimento dos músculos do pescoço é importante para o piloto suportar as forças de aceleração em Le Mans, que podem chegar a 3 G. A ergonomia do carro é estudada para evitar problemas como lesões nas nádegas, cãibras nas canelas a espasmos na cabeça e nos ombros.

A nutrição também é individualizada. Em média, os pilotos perdem até três litros de água em um período de três horas e o ideal é tomar cerca de 12 litros a cada 24 horas. Cada um dirige uma média de oito horas dentro de 24 horas e o ideal seria dormir o restante do tempo. Mas nem sempre isso ocorre.

Participar da maior corrida do mundo envolve também uma alta carga de adrenalina. “Quando chega ao final, se você tiver sorte de chegar no pódio, vai ver 100 mil pessoas aglomeradas na pista e nos boxes. Você se sente como um astro do rock. Eu já vivi isso uma vez e estou determinado a subir lá novamente”, completa Tincknell.

 

1-3-09062016

 

 

Por: Redação Na Boléia

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