Daimler cria empresa dedicada a células de combustível
A Daimler Truck AG dá mais um passo rumo à produção em série de sistemas de células de combustível. Ela acaba de criar a Daimler Truck Fuel Cell GmbH & Co. KG, estrutura organizacional e jurídica que reúne todas as atividades do Grupo nessa área para caminhões e ônibus. O Dr. Andreas Gorbach e o Prof. Dr. Christian Mohrdieck foram nomeados diretores executivos da nova empresa. Ambos possuem vasta experiência com sistemas de propulsão convencionais e alternativos, em especial, os sistemas de célula de combustível.
Gorbach já vinha trabalhando no cargo de gerente sênior responsável por todos os assuntos relativos a células de combustível na Daimler Truck AG desde o início de maio deste ano. Isso terá continuidade em seu novo cargo adicional de CEO da Daimler Truck Fuel Cell. Já o Prof. Dr. Christian Mohrdieck esteve encarregado do desenvolvimento de células de combustível no Grupo Daimler desde 2003. Ele é o diretor executivo da unidade de desenvolvimento de células de combustível da Mercedes-Benz Fuel Cell GmbH e será alocado para a nova subsidiária.
A Daimler Truck AG já fechou um acordo preliminar não vinculativo com o Grupo Volvo em abril deste ano para estabelecer uma nova joint venture para desenvolvimento, produção e comercialização de sistemas de células de combustível para veículos comerciais pesados e outras aplicações, como o seu uso em instalações fixas.
A Daimler Truck Fuel Cell deverá posteriormente passar para essa planejada joint venture. O Grupo Volvo vai adquirir 50% da empresa para essa finalidade. Todas as transações em potencial estão sujeitas a análise e aprovação pelas autoridades competentes responsáveis pela livre concorrência. A Daimler Truck AG e o Grupo Volvo deverão dar início à produção em série de veículos comerciais pesados com propulsão por célula de combustível para transportes rodoviários de longa distância na segunda metade da década.
“A célula de combustível é uma solução decisiva para possibilitar transportes rodoviários pesados de longo percurso livres de emissões de CO2. Nós, e nosso futuro parceiro na joint venture, o Grupo Volvo, estamos convencidos disso. Estamos também determinados a realizar, juntos, o desenvolvimento e a produção em série das células de combustível e, agora, damos os principais passos na execução de todos os preparativos necessários para a planejada joint venture. O estabelecimento da Daimler Truck Fuel Cell é um marco de progresso muito especial para nossa Companhia, pois a nova subsidiária deverá ser a organização antecessora imediata da joint venture. Nela, reunimos a grande expetise e a imensa riqueza de experiência acumulada em várias décadas de trabalho no desenvolvimento de células de combustível na Daimler – e combinaremos isso com o know-how certo com relação aos caminhões“, afirma Martin Daum, CEO da Daimler Truck AG e membro do Conselho de Administração da Daimler AG.
“Para mim, é motivo de muita satisfação que tenhamos conseguido, com o Dr. Andreas Gorbach e o Prof. Dr. Christian Mohrdieck, ganhar dois colegas muito experientes da Daimler para a gestão da Daimler Truck Fuel Cell. Ambos se caracterizam por profundos conhecimentos no campo de sistemas de propulsão convencionais e alternativos e de células de combustível, e por terem o espírito pioneiro certo para o sucesso da criação da nova unidade e a transferência dela para a joint venture planejada“, destaca Martin Daum.
Vasto conhecimento
Nas últimas duas décadas, a Daimler acumulou vasta experiência no campo de células de combustível em sua fábrica de Nabern, na Alemanha (onde se localiza atualmente a sede da Mercedes-Benz Fuel Cell GmbH) e em outras instalações de produção e desenvolvimento na Alemanha e no Canadá.
A Daimler Truck AG, que envolve as operações de caminhões e ônibus do Grupo Daimler, e a empresa britânica Rolls-Royce assinaram um acordo de intenções focado no desenvolvimento e comercialização de geradores estacionários acionados por células de combustível. Estes equipamentos funcionarão como provedores de energia de emergência para instalações críticas quanto à segurança, como centrais de armazenamento de dados. A ideia é oferecer alternativas livres de emissões de CO2 aos motores diesel que são utilizados como geradores de energia para cobrir picos de carga e também para casos emergenciais.
Um contrato de cooperação entre os grupos deve ser elaborado e assinado até o final deste ano. Junto à experiência da Daimler, a Rolls-Royce Power Systems planeja utilizar estes sistemas em seus geradores de energia que são desenvolvidos para centrais de armazenamento de dados sob a marca de produtos e soluções MTU.
“Estamos felizes com o fato de que a Rolls-Royce tenha resolvido firmar essa parceria duradoura conosco e que esteja tão convencida quanto nós sobre o futuro das células de combustível no setor estacionário”, afirma Martin Daum. “Por um lado, isso vai nos habilitar a trabalhar em conjunto para aumentarmos ainda mais e economia das células de combustível, bem como a aceitação pela sociedade e a confiança nelas. De outro, representa maior impulso para o desenvolvimento de uma infraestrutura de hidrogênio em todos os setores e aplicações dos sistemas”.
Andreas Schell, CEO da Rolls-Royce Power Systems, explica que as centrais de armazenamento de dados, polos das redes de informações e comunicações globais, possuem operações que precisam ser protegidas e de maneira confiável. O mesmo se aplica a outros sistemas críticos quanto à segurança. “Sob a marca MTU, soluções customizadas são desenvolvidas para as necessidades de energia de cada central. As células de combustível desempenham um papel-chave na eliminação de carbono nos sistemas de propulsão e de alimentação de força”, afirma o executivo. “Nenhuma outra tecnologia oferece tal grau de confiabilidade, capacidade modular e todas as outras vantagens das fontes de energia renováveis. Por meio da colaboração com a Daimler Trucks, o acesso a geradores acionados por células de combustível que atendem nossas exigências fortalecerá ainda mais nossa posição de destaque nesse mercado em crescimento, possibilitando, no futuro, a produção em larga escala de células de combustível para aplicações estacionárias”.
Por Redação Na Boléia