O setor de caminhões e implementos rodoviários tem retomado suas atividades e, em agosto, emplacou 14.597 unidades no País, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – Fenabrave.

No total, incluídos todos os segmentos automotivos, somam-se 299.627 novos veículos nas ruas, volume 7,35% maior comparado ao mês anterior.
De acordo com Osmar Oliveira, especialista no segmento e CEO da 4TRUCK, o número é animador. “Se considerarmos o ano atípico que estamos vivendo, os dados são otimistas. Muitas empresas ficaram fechadas ou parcialmente abertas entre março e maio. O aumento no volume também representa novas oportunidades de atuação no mercado”, analisa.

Informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários – ANFIR apontam que devido à instabilidade econômica gerada pelo novo coronavírus, o setor chegou a ter uma queda de 20% nos primeiros cinco meses de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado.

Perspectivas

O desafio agora está por conta da matéria-prima, principalmente, das commodities como alumínio e o aço, além da disponibilidade de caminhões. Isso porque, mesmo com o setor trabalhando arduamente após uma paralisação das fábricas por 30 a 40 dias, o ritmo das entregas diminuiu.

Por conta do dólar alto, muitas empresas estão privilegiando o mercado externo. Mesmo com a demanda do mercado interno, a gente percebe que há uma pressão nos preços e a falta de algumas matérias-primas. A paralisação das fábricas também tem impactado nas entregas dos caminhões, que tem demorado em torno de 60 a 80 dias”, observa Osmar.

Expectativas

Até o mês de julho deste ano, foram entregues 61.850 unidades de caminhões e implementos rodoviários, enquanto em 2019 o número chegou a 67.417. Dados divulgados pela ANFIR apontam que, se a curva de vendas continuar crescendo, a retração do setor será de 10% em relação ao ano passado.

A retomada do setor está ocorrendo de maneira consciente, levando à risca os cuidados com a higienização e saúde recomendados pelo Ministério da Saúde.

Esse retorno gradual mostra que, agora com o funcionamento das fábricas, será possível cobrir as demandas de vendas. O esperado é que até o fim do ano o ritmo continue evoluindo”, conclui Osmar.

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