Depois de encomendar à Rivian cem mil veículos elétricos, a Amazon começou a testar as primeiras unidades que recebeu.

Os veículos estão cobrindo rotas de entrega em Los Angeles e o objetivo é confirmar o desempenho, a segurança e a durabilidade dos mesmos antes que comecem a ser produzidos em massa.

Pretende-se que seu uso seja estendido a mais 16 cidades ainda em 2021 – provavelmente este é o maior projeto de eletrificação de frota em andamento em todo mundo.

Os elétricos que estão rodando em Los Angeles são vans para uso urbano, embora o projeto contemple a utilização de uma plataforma básica, sobre a qual podem ser construídos veículos de diversos tamanhos e configurações, dependendo de fatores como área de utilização e clima; motores e baterias também poderão variar em função da utilização que se pretende dar ao veículo.

A van elétrica que vem sendo usada tem um design limpo e bonito, com autonomia de 150 milhas. O motorista é apoiado por câmeras que lhe dão visibilidade de 360 graus e assistente de voz Alexa.

A Rivian e a Amazon ainda estão refinando os veículos, com a produção em massa prevista para começar ainda em 2021, pretendendo-se ter dez mil veículos rodando ao final de 2022; já foram instaladas estações de reabastecimento em muitos centros de distribuição da Amazon na América do Norte e Europa.

Na visão da Amazon, eletrificar a frota é um passo importante para cumprimento de sua meta de chegar ao nível de zero emissões de carbono em 2040. Para isso, associou-se à Rivian, tendo liderado uma rodada de investimentos de US$ 700 milhões no início de 2019.

Como forma de tornar seus serviços mais seguros, a Amazon pretende instalar em toda a sua frota, câmeras para monitorar seus motoristas em tempo real, com inteligência artificial analisando as imagens capturadas pelas câmeras.

A ferramenta dará ao motorista feedback em tempo real, incluindo sugestões como “você parece não estar concentrado na direção”, ou “por favor, reduza a velocidade”.

Esses dados, armazenados e processados posteriormente, servirão para melhorar o treinamento dos motoristas e, evidentemente, descartar aqueles que não se adequarem às normas de direção estabelecidas pela empresa.

Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Por Redação Na Boléia

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