Números revelam nova queda para mercado de caminhões
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou, em São Paulo, suas novas projeções para o licenciamento, produção e exportação de autoveículos e máquinas agrícolas e rodoviárias este ano.
A expectativa para o mercado de autoveículos, que engloba automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, é de encerrar o ano com 2,08 milhões de unidades vendidas, o que significa baixa de 19%. A produção deve alcançar a marca de 2,30 milhões de unidades, retração de 5,5%. E a exportação apresentará crescimento de 21,5% com 507 mil unidades este ano.
Para o presidente da Anfavea, Antonio Megale, “as novas previsões consideram as dificuldades do cenário econômico neste começo de ano, que afetaram negativamente as vendas de veículos leves, mas principalmente de bens de capital, como os segmentos de pesados e de máquinas agrícolas e rodoviárias. No entanto, a sazonalidade do segundo semestre e a expectativa de recuperação gradual do PIB levaram a entidade a considerar uma queda anual menor do que a acumulada até maio. No caso das exportações, a busca por novos mercados aliada ao câmbio favorável puxaram os números para cima”.
No segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias a entidade espera que as vendas cheguem a 38 mil unidades, o que representa baixa de 15,5%. A estimativa para produção é de queda de 16,4%, com 46,2 mil unidades no final do ano. E para as exportações é esperado um cenário de retração de 18,6%, com 8,2 mil unidades.
Balanço mensal
O licenciamento de autoveículos registrou alta de 2,8% em maio: foram 167,5 mil unidades no último mês e 162,9 mil em abril. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando 212,7 mil unidades foram vendidas, a baixa é de 21,3%. Até o quinto mês do ano foram negociadas 811,7 mil unidades, o que representa diminuição de 26,6% frente as 1,11 milhão do ano passado.
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, ressalta que “o nível de confiança do consumidor e do investidor ainda está abalado devido à conjuntura econômica e política que o País enfrenta. Há certa expectativa quanto às mudanças estruturais e isso ainda está postergando novas compras”.
A produção ficou maior em 3,2%, com 175,3 mil unidades em maio e 169,8 mil em abril. Na análise contra maio de 2015, a retração foi de 18%, com 213,8 mil unidades naquele mês. O setor automotivo produziu no acumulado deste ano 834,1 mil unidades, o que mostra contração de 24,3% no comparativo com as 1,10 milhão de unidades do ano anterior.
A indústria exportou em maio 46,9 mil unidades, crescimento de 23,9% sobre as 37,9 mil de abril, e de 15% contra mesmo mês do ano passado, com 40,8 mil. No acumulado, o resultado ficou maior em 21,8% – 183,3 mil unidades este ano e 150,5 mil em 2015.
Caminhões
O licenciamento de caminhões fechou maio com 4,1 mil unidades vendidas, decréscimo de 3% ante as 4,2 mil unidades de abril. Na análise contra maio do ano passado, com 6 mil unidades, o balanço ficou 32,2% abaixo. No acumulado o recuo é de 31,2%: foram 21,4 mil unidades em 2016 e 31,1 mil no ano passado.
A produção no quinto mês aumentou 2,6% com relação a abril – 5,3 mil unidades contra 5,2 mil – mas caiu 13,6% frente a maio do ano passado, quando foram produzidos 6,2 mil caminhões. O total de unidades fabricadas no acumulado está 29,2% inferior se comparado com o mesmo período de 2015, com 25,7 mil unidades este ano e 36,3 mil no ano passado.
O resultado da exportação de caminhões apresentou crescimento de 9,4% ao se comparar as 1,9 mil unidades em maio com as 1,7 mil em abril. No comparativo com o mesmo período do ano passado, que registrou 2,2 mil unidades, a queda é de 13,8%. Até o quinto mês do ano a indústria negociou com outros países 7,7 mil unidades, o que representa diminuição de 6,7% ante o ano passado com 8,2 mil.
Por: Redação Na Boléia