O setor logístico brasileiro juntamente com o governo federal e o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) buscam diariamente maneiras de otimizar os serviços ofertados pelos modais de transporte interestaduais. Visando melhorar o tempo médio que os caminhões trafegam pelas rodovias, em agosto de 2023, foi inaugurada a primeira balança de pesagem de caminhões em movimento.

Anterior a esta tecnologia, temos as balanças fixas, que exigem a parada total dos veículos. Já esta tecnologia, que possui um custo de implantação três vezes menor, consome menos recursos naturais e causa menos danos ambientais aos locais onde são instalados, permite a pesagem em tempo real, enquanto o caminhão trafega na rodovia.

De acordo com o CEO da ABC Cargas, Danilo Guedes, a instalação deste equipamento é fundamental para o setor. “Sempre que existirem soluções e estratégias que beneficiem o transporte, serão bem-vindas. Com certeza beneficiam não só as empresas, mas, também, evitam que os motoristas fiquem horas nas filas de pesagem”, afirma.

A primeira balança de pesagem em movimento do Brasil está localizada no km 640 da BR-365, em Uberlândia–MG. Além dela, o Brasil conta com outra balança instalada na BR-364, em Cachoeira Alta–GO.

Funcionamento e Benefícios

O funcionamento da balança acontece por meio de sensores de alta precisão instalados nas faixas principais da rodovia que aferem diretamente a carga durante a passagem do veículo. De forma simultânea, câmeras inteligentes posicionadas em um portal identificam o modelo, a quantidade de eixos e o tipo de caminhão ou ônibus que está sendo pesado.

Além dos benefícios diretos para o setor de transporte, a implementação das balanças de pesagem em movimento também trará impactos positivos para a economia como um todo. A redução do tempo de viagem dos caminhões contribuirá para a diminuição do congestionamento nas rodovias e levará à redução do consumo de combustíveis e das emissões de gases poluentes.

De acordo com Guedes, a otimização do tempo terá um impacto positivo na produtividade das empresas de transporte, permitindo que elas realizem mais entregas em menos tempo. “O TRC sofre muito com as burocracias pelas estradas, na questão de legislação, regras jurídicas e afins. Nesse caso, conseguimos criar novos planejamentos de rotas para entregarmos o melhor serviço com mais agilidade”, finaliza.

Por Redação Na Boléia