TRC precisará se reinventar frente às altas nos preços dos combustíveis
O frete e transporte logístico estão cada vez mais caros. Pressionado especialmente pelo aumento do diesel, que só em março de 2022 sofreu um reajuste de 24,9%, segundo a Petrobras, e as crises europeias que forçam a alta do preço do barril de petróleo no mercado mundial, a tendência é que o preço do frete sofra constantes reajustes ao longo do ano.
Outros fatores que também afetam o valor é o preço alto dos pneus, reajustes nos salários de motoristas e o boom no custo dos veículos, que bateu valores recordes desde 2021.
O especialista em logística de cargas, Alexandre Gonçalves Sousa, diretor de marketing na Everlog, empresa que desenvolve soluções em gestão de transportes para embarcadores, diz que as empresas não têm como mudar o “humor” do mercado e que é necessário fazer uso de estratégias inteligentes em gestão para minimizar os prejuízos com as altas e aumentar a lucratividade.
“A tecnologia tem se tornado cada vez mais indispensável para uma boa gestão. Com ela, a relação entre os embarcadores de mercadorias e as empresas de transportes passa a ser automatizada, garantindo mais segurança, agilidade e confiabilidade”, diz Alexandre.
Tudo passa por calcular as variáveis que influenciam o preço do frete e, a partir daí, buscar as melhores estratégias para minimizar perdas de capital nas operações de transporte.
Muitos dos custos com o frete são responsabilidade dos clientes, no caso, os embarcadores. Por isso, é preciso estar atento na hora de negociar o valor da operação para saber se você está pagando pelos valores corretos.
Entre esses custos está o peso e as dimensões do caminhão. Buscar um caminhão muito grande para cargas menores não é vantagem, assim como superdimensionar uma carga em um veículo menor pode acarretar multas.
Notas fiscais e taxas também devem ser calculadas previamente, assim como o valor do pedágio. Outro fator é a urgência na entrega, pois claro, quanto mais urgente, mais caro.
Com base nessas variáveis, Alexandre Sousa explica como tecnologias como a da Everlog são fundamentais na hora de avaliar ponto a ponto e entregar a melhor solução em frete.
Com sistemas de geolocalização e cruzamento de informações, como preço e quantidade de pedágios, é possível através da tecnologia definir qual a rota ideal para uma determinada entrega, inclusive encurtando distâncias e reduzindo o consumo de combustível.
Outro ponto em que a tecnologia é fundamental é na hora de agregar fretes. Assim, é possível criar cenários em que o caminhão foi carregado para um local e volta com outra carga, o que reduz os gastos do prestador de serviço.
Os indicadores das operações permitem medir as eficiências dos processos envolvidos no negócio e adequá-los conforme as necessidades. A partir dos KPIs (indicador-chave de desempenho, do inglês key performance indicator) é possível aplicar os recursos empresariais em prol dos objetivos.
Por exemplo, a partir destes indicadores, verifica-se se existe espaço ocioso no veículo, se há problemas com a manutenção ou erros que possam gerar atrasos e devoluções.
É bem comum ver nas estradas brasileiras caminhões transportando grãos e a carga literalmente caindo na estrada. Isso acontece por descuidos na hora do armazenamento, como caminhões menos adequados para esse tipo de carga e motorista com menos experiência.
Ao buscar melhores profissionais, que tenham mais treinamento e capacitação para lidar com cargas específicas, a chance de desperdício diminui. E isso pode ser trackeado a partir do histórico de produtividade e serviços prestados, com um sistema integrado como o da Everlog.
“Não há previsões de redução de custos de insumos. Se não houver ajustes na gestão, e a tecnologia é o canal para isso, muitos embarcadores vão ter os custos de suas operações nas alturas”, reforça o especialista.
Por Redação Na Boléia