Chevrolet Opala: 50 anos de um dos maiores ícones do País
Há 50 anos, mais precisamente em 19 de novembro de 1969, era lançado no Brasil um dos veículos mais icônicos da indústria automobilística: o Chevrolet Opala, que também marcou uma época novembro. Fabricado pela norte-americana General Motors, que estabelecida no País desde 1925 produzia somente caminhões e utilitários, lançou o seu primeiro veículo de passeio, que foi um grande sucesso de vendas.
“Quem esperava o carro certo, te saúda e te ama e te louva, Chevrolet Opala”. Com essas palavras a GM anunciou nas revistas a chegada do seu primeiro automóvel brasileiro, lançado no 6º Salão do Automóvel de 1968, na época ainda sediado no Parque do Ibirapuera/SP. Com o nome de uma pedra preciosa, o Opala fez brilhar a gravatinha da Chevrolet no país.
O Opala foi desenvolvido a partir do Opel Rekord alemão. Foram dois anos de desenvolvimento para adequar o modelo as condições de piso e clima brasileiro. Quando lançado o modelo era oferecido com carroceria de quatro portas em duas versões de acabamento (Standard e De Luxo) e duas de motor – 2500 de quatro cilindros (80 cv) ou o 3800 de seis cilindros (125 cv). O câmbio era manual de três marchas, com alavanca na coluna de direção.
Internamente ambas as versões traziam dois bancos inteiriços com capacidade para transportar seis passageiros. O acabamento podia seguir a cor da pintura externa, vermelho na carroceria e bancos e painéis das portas em vermelho, por exemplo. Em 1969 já haviam sido vendidos 10 mil Opalas.
Em 1975, é lançada a perua Caravan, uma das poucas peruas de grande porte feitas no Brasil. Como era opção do mercado naquela época somente a versão de duas portas foi oferecida. A novidade para o início da década de 1980 é a chegada da versão Diplomata, a mais luxuosa da linha Opala.
Durante a década de 80, nome o Diplomata acabaria por se tornar sinônimo de Opala. Sem a concorrência dos Dodge V8, que saiu de linha em 1981, nem do Galaxie e derivados a partir de 1983, ele se tornaria o único nacional de luxo a oferecer na época um motor que não fosse de quatro cilindros.
Já na linha 1988, visual do Opala se aproximou ao do Monza com a inclusão de novos faróis de formato trapezoidal. No interior as novidades eram o volante de três raios e o grafismo do painel que agora tinha os instrumentos iluminados de forma indireta. Entre os recursos raros, havia volante com regulagem de sete posições, temporizador dos vidros elétricos, luz interna direcional, saída de ar-condicionado para o banco traseiro, alarme antifurto e aviso sonoro de faróis ligados e porta aberta em movimento. Esse ano também viu a despedida da versão cupê do mercado.
Outra novidade era a chegada da nova transmissão automática de quatro velocidades da marca alemã ZF. O modelo do câmbio 4HP-2A podia equipar tanto os modelos de quatro ou seis cilindros e no exterior esteve presente em modelos da BMW, Jaguar, Peugeot.
A partir do final dos anos de 1980, rumores davam conta que a Chevrolet preparava o a chegada do sucessor do Opala. Algumas revistas especializadas apontavam para a chegada dos modelos alemães Opel Senator ou Omega para sucedê-lo.
Para 1991, os para-choques ficavam envolventes, o quebra-vento era eliminado e os retrovisores, embutidos. As rodas passaram a ser aro 15 pol. calçadas com pneus de perfil baixo, os freios eram a disco nas quatro rodas e a direção hidráulica progressiva Servotronic da ZF, havia a opção do câmbio manual de cinco marchas. No ano seguinte, a série especial Collector anunciava o canto do cisne da linha Opala. Essa versão de coleção tinha tiragem limitada a 100 veículos e trazia uma pasta em couro legítimo com uma carta de apresentação, uma fita VHS contando a história do modelo e caneta e chaveiro banhados a ouro. O nome “Collector” vinha gravado nas laterais e no emblema do centro do volante.
Em 16 de abril de 1992, as últimas unidades do Opala deixaram a linha de produção da planta de São Caetano do Sul. Foram produzidos 1 milhão de Opalas durante pouco mais de duas décadas. Hoje, passados 26 anos do fim de sua produção, o Opala ainda atrai uma legião de fãs pelo Brasil.
Por: Redação Na Boléia