1-17072017O Paraná já é o segundo estado com o maior número de acidentes de caminhões no país. Conforme dados do Sistema Digital de Dados Operacionais do Corpo de Bombeiros do Paraná (SYSBM-CCB), entre 1º de janeiro e 12 de julho deste ano foram registrados 133 acidentes com caminhões em Curitiba, com 142 feridos e cinco mortes. Números esses bem maiores do que os registrados no mesmo período do ano passado: de 1º de janeiro a 12 de julho de 2016, foram 129 acidentes, 139 feridos e duas mortes.

Já o Atlas da Acidentalidade do Trânsito Brasileiro, desenvolvido pela montadora Volvo, coloca o Paraná como a segunda unidade da Federação mais perigosa quando se trata de caminhões. No ano passado, foram 3.190 acidentes em todo o Estado, com 1.524 feridos leves, 582 feridos graves e 260 mortes. O primeiro do ranking é Minas Gerais, que em 2016 teve 4.574 acidentes, 2.777 feridos leves, 956 feridos graves e 459 mortes. O terceiro é Santa Catarina, 2.557 acidentes no ano passado.

De acordo com o levantamento, só ano passado foram registrados 96.358 acidentes com caminhões em todo o país (cerca de 263 por dia), com 216 mil pessoas envolvidas, 65,2 mil feridos leves, 21,4 mil feridos graves e 6,3 mil mortes. Em nove anos, entre 2007 e 2016, foram registradas 76,7 mil mortes ocasionadas por acidentes com esse tipo de veículo nas rodovias do Brasil.
O maior risco de acidentes graves envolvendo caminhões está em rodovias. Mesmo os números de ocorrências em Curitiba se concentram, em sua maioria, em bairros cortados por rodovias, como é o caso da Cidade Industrial de Curitiba, a campeã em acidentes com caminhões, seguido do Sítio Cercado, Tatuquara, Boqueirão e Xaxim, bairros da Capital por onde passam os Contornos Sul e o Leste.

Causas

O cansaço dos motoristas, que estão em jornadas estressantes, é apontado como uma das principais causas para aumento desses números, afirmam especialistas e autoridades, seguido de falta de manutenção adequada dos veículos; má formação dos condutores; e problemas estruturais de ruas e rodovias. Além disso, o país tem uma dependência do transporte rodoviário de cargas por não utilizar a contento outros modais, como ferrovias ou o transporte fluvial.

Por: Redação Na Boléia

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