2-04092017Criados para fins militares, os drones — veículos aéreos não-tripulados (Vants) — vêm ganhando força no transporte rodoviário de cargas e em seguradoras, visando combater o roubo de carga e auxiliar no resgate em acidentes em estradas.

“Os drones são amplamente utilizados na construção civil e começam a ser uma ferramenta extremamente eficiente no transporte rodoviário de cargas e que talvez represente um marco para os próximos anos. O equipamento pode monitorar e filmar toda a ação criminosa, possibilitando que a empresa acione suas equipes de segurança e a polícia. Acreditamos que muito em breve nossas transportadoras paranaenses e empresas de segurança vão começar a utilizar a tecnologia amplamente”, diz Marcos Battistella, presidente do Setcepar (Sindivato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná).

De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os roubos de carga custaram, entre 2011 e 2016, cerca de R$ 6,1 bilhões à economia brasileira. Um caminhão é roubado a cada 23 minutos em todo o território nacional. São perdas que equivalem a R$ 3,9 milhões por dia.

Até o início de maio, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) regulamentou do equipamento, foram autorizados cerca de 400 voos de drones no Brasil, todos ainda em fase experimental. Mais de oito mil equipamentos foram cadastrados no site da agência. O cadastro passou a ser obrigatório para drones com peso acima de 250 gramas. A instituição das regras também contribuirá para promover o desenvolvimento sustentável e seguro para o setor.

A concessionária Arteris, que administra rodovias do PR, SC, SP, MG e RJ usa drones há um ano para inspecionar obras. Um dos equipamentos auxilia no monitoramento das frentes de trabalho do Contorno de Florianópolis, extensão de 50 quilômetros da BR-101 que liga Garuva a Palhoça, na região metropolitana da capital catarinense. Em outra concessão, no trecho da BR-116, que vai de Curitiba a Capão Alto, na divisa com o Rio Grande do Sul, o drone está sendo usado também para fiscalizar acessos irregulares à rodovia e monitorar pontos críticos de acidentes.

Por: Redação Na Boléia

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