6-25102016• Departamentos de trânsito de pelo menos quatro estados brasileiros registraram uma diminuição nos pedidos de renovação de carteiras de motorista de veículos pesados. O sindicato dos caminhoneiros nega que isso tenha relação com a exigência de exames toxicológicos, que entrou em vigor há sete meses.

Em alguns estados, a renovação das carteiras para veículos pesados despencou. E, ao mesmo tempo, aumentaram muito os pedidos para rebaixar a habilitação para a letra B, que só permite dirigir carros comuns.

No Rio de Janeiro, de março a agosto de 2015, o Detran recebeu 119 pedidos de rebaixamento da habilitação. Em 2016, foram mais de 22 mil pedidos. No Paraná, o número de carteiras C, D, e E não renovadas quase triplicou. Em Minas, a emissão de carteiras caiu 35%.

Em São Paulo, o exame só passou a ser obrigatório em julho. O número de carteiras para veículos pesados caiu bruscamente desde então. Para os defensores do exame, essa fuga das renovações é a prova de que muitos motoristas que usam drogas regularmente estão evitando o teste do cabelo.

Já os caminhoneiros dizem que um dos problemas é o preço do exame: no mínimo R$ 295, que atualmente pesam ainda mais. “É exatamente a crise econômica por que passa o país. E você sabe que o transporte de cargas é o espelho da economia nacional”, disse Nélio Botelho, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros – RJ.

Olhando as imagens pode até não parecer, mas o movimento de caminhões nas estradas diminuiu. De março a agosto a queda foi de 6%. Já os acidentes com caminhões caíram numa proporção bem maior: 38% de março a junho de 2016, em relação ao mesmo período de 2015.

De cada 100 veículos que trafegam pelo país, só quatro são de grande porte: caminhões, ônibus ou carretas. Mas esses gigantes do asfalto são responsáveis por mais da metade das mortes em acidentes. Especialistas querem ampliar a obrigatoriedade do teste para todos os motoristas e assim tornar impossível dirigir sem usar o barbeador.

Fonte: NTC
Por: Redação Na Boléia

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